América Latina
Em reunião da Alba, Maduro faz novo chamado pela unidade dos povos da América Latina
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta sexta-feira (12) os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América -Tratado de Comércio dos Povos (Alba-TCP) a retomar os processos unitários da região, diante do imperialismo.
Ao encerrar a 7ª reunião do Conselho político da organização, o mandatário pediu aos ministros presentes para transmitir a seus dirigentes a necessidade de ‘armar-nos de força e audácia, de decisão… temos que dizer que é chegada a hora de retomar os projetos unitários e impulsionar a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac)’.
Esse mecanismo de unidade deve prosseguir como foi fundado e deve continuar no século 21 como mostra da vontade dos países da região, pontuou.
O mandatário elogiou o papel da Alba e de seus criadores para alcançar a unidade dos países que a integram. A Alba nasceu como um sonho em uma longa conversação entre Fidel (Castro) e (Hugo) Chávez, tudo de bom que nos aconteceu veio do Caribe, disse.
Nossa organização, afirmou, demonstrou que outro mundo é possível sobre a base da união, confiança, respeito entre os povos, algo que se conseguiu através das missões educativas, culturais, econômicas, entre outras iniciativas.
Isso contrasta com o desprezível tratamento dispensado em Washington aos povos da África, do Haiti, El Salvador, declarou, referindo-se às declarações ‘incríveis do presidente Donald Trump’. Já basta de ameaças, é preciso dizer as verdades com dignidade e valentia, sublinhou.
Maduro qualificou de ‘fascistas e racistas’ os pronunciamentos de Trump sobre os haitianos, os africanos e os centro-americanos.
É muito importante, sublinhou, que a Alba ratifique com muita força sua solidariedade com o Haiti, El Salvador e os povos da África em rechaço à agressão de Trump.
Maduro dedicou uma ampla análise à importância da unidade dos povos da região. Sem a experiência a unidade, a confiança humana entre a América do Sul, a América Central, os países da Alba do Caribe, não teria sido possível conseguir a fundação da Celac, pontuou.
O século 21 é o nosso século e não podemos deixar que a direita nos roube essa esperança, sublinhou, ao abordar os perigos que ameaçam a unidade da região. Cabe-nos manter viva a unidade e a integração, um segundo despertar da América Latina, detalhou.
Em um momento transcendente de seu discurso Maduro conclamou os países da Alba a assumir em conjunto a criação da criptomoeda, o Petro. Aproveito a oportunidade para enviar uma mensagem de unidade e trabalho, e insistir em retomar os projetos econômicos, a zona de integração Alba – Pertrocaribe, acrescentou.
Em outra parte de seu discurso, Maduro denunciou a constante agressão contra a Venezuela. Assim como fazem com Cuba desde há 55 anos, perseguem-nos a cada dia.
Contudo, ratificou a vontade e a resolução de seguir adiante com independência, soberania e democracia. Nesse sentido, espero que a mesa de diálogo com a oposição instalada na República Dominicana tenha logo resultados concretos.
Resistência, com Prensa Latina