Geopolítica

Em meio a protestos, começa a cúpula do G20 em Hamburgo

07/07/2017

Em meio a manifestações e um debate sobre o  sistema econômico internacional, começa nesta sexta-feira (7), na cidade alemã de Hamburgo, a cúpula do G20.

Quase todas as delegações estão alojadas em hotéis no centro de Hamburgo, o que causa graves problemas de segurança. A polícia, que está presente com cerca de 20 mil agentes, proíbe o  acesso a uma zona de 38 quilômetros quadrados ao redor do pavilhão onde tem lugar o encontro e criou uma zona de acesso exclusivo.

Pertencem ao G20 Alemanha, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Grã Bretanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia e a União Europeia.

Participam também organizações internacionais como as Nações Unidas, a Organização Internacional do Trabalho, o Conselho para a Estabilidade Financeira, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial de Comércio, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico e a Organização Mundial de Saúde.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, convidou também os chefes de Estado e Governo da Guiné, em sua condição de presidente pro tempore da União Africana; do Senegal, que detém a presidência da  Nova Cooperação para o Desenvolvimento da África; do Vietnã, que preside a Comunidade Econômica Ásia-Pacífico, assim como da Espanha, Cingapura, Holanda e Noruega.

Tradicionalmente, a cúpula do G20 trata questões financeiras e econômicas, mas na agenda deste encontro aparecem também temas como as mudanças climáticas, o abastecmento de energia e a migração forçada.

O governo alemão trata de fortalecer durante sua presidência do G20 outros temas como a digitalização da sociedade e os direitos das mulheres.

Também se debaterá durante dois dias as crises dos sistemas sanitários e um modelo de desenvolvimento eficaz para a África.

A Alemanha assumiu a presidência do G20 em 1º de dezembro do ano passado, quando terminou o mandato da China.

Antes e durante o encontro, críticos do G20 anunciaram várias manifestações e ações de protesto.

Uma semana antes da cúpula, uma aliança de sindicatos, organizações para a proteção do Meio Ambiente e outros grupos se manifestaram em Hamburgo ‘contra a política neoliberal do G20’.

Na quarta-feira (5), realizou-se uma ‘Cúpula para a solidariedade global’ e em seguida teve lugar uma manifestação anticapitalista sob o lema ‘Bem-vindo ao inferno’.

O protesto terminou com fortes enfrentamentos  entre manifestantes e a polícia, com o resultado de cerca de 70 agentes policiais e um número indeterminado de ativistas feridos.

Estão programadas para esta sexta-feira uma série de ações de protesto, entre elas bloqueios de vias de acesso ao recinto do encontro. Está anunciada uma manifestação com mais de 100 mil pessoas.

Resistência, com Prensa Latina

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