Colômbia

Em eleições históricas Colômbia decide sobre continuidade do Acordo de Paz

27/05/2018

Os colombianos vão às urnas neste domingo (27), em históricas eleições presidenciais, as primeiras depois da assinatura do Acordo de Paz entre o governo e a ex-guerrilha da Farc.

Segundo dados oficiais, foram habilitadas 96 mil mesas eleitorais em 11.233 postos de votação nos 1.102 municípios do país. De uma população de 50 milhões de colombianos, o eleitorado é de cerca de 36 milhões de pessoas.

Concorrem à presidência da República Ivan Duque, do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente direitista Álvaro Uribe (2002 – 2010); Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana; o ex vice-presidente Germán Vargas Lleras; o candidato da Coalizão Colômbia, Sérgio Fajardo, e Humberto de la Calle, pelo Partido Liberal.

Um dos grandes desafios é vencer o usual abstencionismo que caracteriza os processos eleitorais na Colômbia. Nas últimas eleições presidenciais a abstenção chegou a 60 por cento.

Outro importante desafio é garantir a transparência eleitoral, questionada há uma semana pelo candidato da legenda Colômbia Humana, Gustavo Petro, que manifestou dúvidas sobre o software do órgão eleitoral onde são totalizados os votos.

A denúncia de Petro e outras apontadas por Armando Benedetti, do Partido da Unidade Nacional, levaram o presidente Juan Manuel Santos a convocar na última quarta-feira (23) uma reunião urgente da Comissão Nacional de Garantias, depois da qual assegurou que estas serão as eleições mais seguras e transparentes da história da Colômbia.

O maior significado destas eleições será a decisão sobre se o país continuará trabalhando pela paz ou percorrerá os caminhos dos ódios e da intolerância.

Dos candidatos à Casa de Nariño (sede do governo), Petro, Fajardo e De la Calle declararam que respeitarão os acordos firmados entre o governo nacional e a ex-guerrilha, transformada no partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc).

Por outro lado, os direitistas Vargas Lleras e Duque, representantes do Uribismo (em alusão ao ex-presidente Álvaro Uribe), questionaram o Acordo de Paz.

Segundo as pesquisas, nenhum dos candidatos alcançará os votos necessários para ganhar no primeiro turno.

Resistência, com Prensa Latina

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