Maduro 2018
Em congresso do PSUV, Maduro é proclamado candidato a presidente da República
O arranque definitivo e a consolidação de um novo modelo econômico sustentável será o norte do novo período presidencial de Nicolás Maduro, proclamado nesta sexta-feira (2) por unanimidade candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para as eleições presidenciais que se realizarão neste quadrimestre.
“Aceito a candidatura presidencial para levar a Venezuela ao grande, para sua recuperação total”, disse Maduro na plenária do 3º Congresso da organização política, realizada no ginásio esportivo Poliedro, em Caracas.
O chefe de Estado se refeiriu à necessidade de corrigir o sistema cambial e o sistema de fixação de preços.
O presidente destacou que neste mês entrará em operação o Petro, criptomoeda respaldada pelas reservas energéticas e minerais da nação para contribuir com o processo de recuperação e relançamento econômico da Venezuela durante o ano de 2018. “Encontramos o ponto chave para uma nova etapa econômica-financeira e este é a criptomoeda, o Petro”, disse Maduro.
Nesse sentido, ressaltou, com essa política se complementa uma nova estrutura de ingresso de moeda convertível ao país.
“Assim como vencemos no campo do social para levar a riqueza a todo o povo, comprometo-me para a próxima vitória presidencial a dedicar-me a construir as políticas necessárias a fortalecer o sistema econômico”, disse.
Para avançar rumo a esse objetivo em favor do desenvolvimento nacional e do bem-estar do povo venezuelano, que tem enfrentado a investida desmedida de agentes imperiais que buscam golpear e quebrantar a Revolução Bolivariana, Maduro mencionou no evento que o PSUV — fundado pelo Comandante Hugo Chávez — deve dar passos firmes em três tarefas fundamentais para somar novas vitórias eleitorais.
Indicou que mecanismos de participação eleitoral e o desenvolvimento do poder popular no país são precisamente ferramentas para conjurar as ameaças de agentes imperiais que subestimam a dinâmica democrática do país.
Nesse sentido, detalhou que a primeira tarefa é o fortalecimento da unidade das forças revolucionárias; e a segunda tarefa refere-se à reoganização e renovação em todos os níveis do PSUV: suas Unidades de Batalha Bolívar-Chávez (UBCh), os Círculos de Luta Populares, entre outros.
A terceira linha citada por Maduro, que dirige a presidência do PSUV, é a preparação do Plano Cívico-Militar de Defesa Popular em função da paz , da tranquilidade e da soberania nacional, e de cuja elaboração se encarregará o primeiro vice-presidente do partido, Diosdado Cabello. “Para ter a paz garantida na Venezuela temos que ganhá-la todos os dias”, afirmou.
Igualmente, Maduro anunciou a criação de uma frente anti-imperialista entre as organizações políticas que integram o Grande Polo Patriótico, que realizarão proximamente plenárias, com a presença de Maduro.
Na plenária do PSUV, o presidente do partido convocou também para 17 e 18 de fevereiro a ativação e mobilização das UBCh para um processo de cadastramento da militância da organização.
O caminho é a paz e o desenvolvimento nacional
Maduro reiterou que as eleições presidenciais oferecem as condições para selar o triunfo da paz e do direito à independência do povo venezuelano frente à agressão de agentes imperiais, que intensificaram desde 2015 seus ataques contra o país, e assinalou que a batalha eleitoral deste ano define os campos para os próximos anos, com especial ênfase nos âmbitos político, econômico e social.
“Assim como lhes disse que votando pela Constituinte chegaria a paz, lhes digo que se votarem em Nicolás Maduro Moros para presidente da República, lhes garanto a paz, a independência e um caminho de crescimento para a economia, a vida social e cultural da Venezuela, será o triunfo do direito à independência”.
Trata-se de selar um “modelo exitoso de igualdade, inclusão, democracia, um modelo renovado de economia pós petroleira”, disse Maduro.
Durante a atividade de proclamação de Nicolás Maduro candidato a presidente da República pelo PSUV, ele convocou a uma moblização popular no domingo para acompanhar a realização do Congresso da Pátria e comemorar os 26 anos da rebelião cívico-militar de 4 de fevereiro de 1992.
Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias