Síria
Delegação síria censura critérios da oposição armada em Astana
O chefe da delegação síria para as negociações em Astana, Cazaquistão, Bashar al-Jaafari, condenou as alegações da oposição armada para justificar ações terroristas, destacam nesta segunda-feira (23) meios de comunicação em Damasco.
Essa representação defendeu o crime de guerra cometido pela ex-Frente al-Nusra na cidade de Ain al-Fiyeh, cuja fonte de água fresca foi envenenada em áreas próximas à capital síria, disse Al Jaafari. “A falta de profissionalismo da delegação dos grupos armados pretende fazer fracassar a reunião de Astana e frustrar os esforços para ajudar o povo sírio a superar sua calamidade”, declarou.
Al-Jaafari apontou que, apesar disso, “não tomaremos parte de nenhum cenário que pretenda frustrar esta reunião e aquelas em que as delegações dos grupos do governo e da oposição síria ainda não se tenham visto o rosto face a face” .
As informações dizem ainda que o chefe da delegação do Governo sírio reiterou que os oposicionistas presentes na capital do Cazaquistão “não procederam conforme o pactuado entre os países que proporcionaram o encontro, incluindo a Turquia, que é um dos países que respalda a oposição”.
Al Jaafari salientou a necessidade de consolidar o fim das hostilidades, separar os grupos armados de oposição de organizações terroristas como o Estado Islâmico, Daesh e Frente para a conquista do Levante, ex-Al Nusra, fechar a fronteira turca para impedir o fluxo de terroristas e parar o seu financiamento.
Nas negociações, que devem durar até terça-feira (24), estão presentes como mediadores Rússia, Irã e Turquia, as delegações de mais de uma dúzia de grupos de oposição e a representação oficial do governo sírio.
Fonte: Prensa Latina, tradução de Wevergton Brito Lima
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