Venezuela
Acusação de ‘abandono de cargo’ do presidente da Venezuela é ‘ridícula’ e ‘uma loucura’, diz deputado
O deputado socialista Héctor Rodríguez, do Partdo Socialista Unido da Venezuela (PSUV) rechaçou nesta segunda-feira (9) os argumentos da maioria opositora dentro do Legislativo, que impulsionam um processo contra o chefe de Estado sob o pretexto de ‘abandono do cargo’.
De acordo com o deputado, essas alegações representam ‘um ridículo e uma loucura’, e além disso são teses que podem se voltar contra a própria Assembleia, que é quem não cumpriu seus deveres no ano passado.
Rodríguez denunciou que o Parlamento venezuelano continua desacatando a ordem constitucional, desconhecendo os poderes públicos e desobedecendo às sentenças do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
O Bloco da Pátria se fez presente no ‘triste circo da Assembleia Nacional’ que continua apostando em um julgamento político inconstitucional contra o presidente Nicolás Maduro, assegurou Rodríguez durante uma entrevista coletiva.
O Parlamento está violando a Constituição e usurpando poderes, pois a Carta Magna conta com os mecanismos para analisar a gestão presidencial, o que não compete ao Legislativo, afirmou.
Em nome do conjunto dos deputados socialistas, Rodríguez lamentou a atitude da Assembleia e instou a oposição a trabalhar para solucionar os problemas da nação.
‘Fazemos um chamado pela democracia, a paz e o diálogo para resolver as diferenças políticas. Deixem as brigas internas e ponham suas forças em função do país”, conclamou.
Por sua vez, o TSJ instou a Assembleia Nacional a abster-se de tomar decisões que estão fora das atribuições que a Constituição outorga ao Poder Legislativo.
O TSJ reafirmou nesta segunda-feira a posição manifestada na sentença número 948 da Sala Constitucional de 15 de novembro de 2016, na qual determina que a AN não prossiga o procedimento de declaração da suposta responsabilidade política contra o presidente da República, Nicolás Maduro, não contemplado no marco constitucional vigente.
O Poder Judiciário exortou os deputados a não convocarem nem realizarem “atos que alterem a ordem pública; instigações contra autoridades e Poderes Públicos, assim como outras atitudes à margem dos direitos constitucionais e da ordem jurídica”.
Na mesma sentença, o TSJ faz um chamamento ao diálogo como via para dirimir diferenças políticas “em função de garantir a construção de uma sociedade justa e amante da paz, e de procurar a promoção da prosperidade e do bem-estar do povo”.
Também em resposta aos intentos golpistas da oposição de direita, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, confirmou nesta segunda-feira que o governo continuará na mesa de diálogo nacional com a oposição.
“Damos boas vindas ao diálogo, diga-se o que se quiser (…) Eu afirmei anteriormente que reunir-se com a oposição é perder tempo, mas se essa é a possibilidade para que eles entendam que este país quer paz, utilizemos o diálogo”, indicou Cabello em entrevista coletiva convocada pelo PSUV.
Cabello informou que alguns acompanhantes internacionais já confirmaram sua participação na mesa de diálogo que está prevista para 13 de janeiro próximo.
Redação de Resistência com agências