Cuba

Cuba: Impacto econômico acumulado do bloqueio soma 753 bilhões de dólares

09/09/2016
Foto: Reuters

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, disse nesta sexta-feira (9) durante a apresentação do informe anual do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, que as medidas promulgadas até o momento pela Casa Branca são de limitado alcance dado que o bloqueio continua prejudicando o povo cubano.

“Não se ignora nem se pretende esconder os erros que são de nossa responsabilidade, mas não se deveria subestimar os efeitos do bloqueio, que é o obstáculo principal para nosso desenvolvimento, é injusto, é excludente”, disse Rodríguez.

O chanceler cubano realçou que se passaram 21 meses, cerca de dois anos, desde o anúncio do presidente dos EUA, Barack Obama, naquele 17 de dezembro, e outras declarações qualificando o bloqueio como obsoleto, “ele reconheceu que (o bloqueio) significou uma pesada carga humanitária que provocou isolamento e significou um obstáculo insuperável”.

“Não existe setor em Cuba que deixe de sofrer as consequências do bloqueio”, enfatizou Rodríguez.

No período compreendido entre abril de 2015 e março de 2016 os danos ocasionados pelo bloqueio alcançaram 4 bilhões e 600 milhões de dólares. Os danos acumulados nas décadas de bloqueio, que alcançam 753,688 bilhões de dólares, foram calculados ao preço do ouro no mercado mundial. A preços correntes, seu impacto pode ser quantificado em 125,873 bilhões de dólares.

Bruno Rodríguez apontou que apesar das conquistas em matéria de saúde, ciência e educação, se poderia ter feito muito mais se o governo cubano tivesse à disposição todo o capital que se perdeu por conta do bloqueio.

O chanceler cubano anunciou que seu Governo apresentará, no próximo dia 26 de outubro, ante a Assembleia Geral das Nações Unidas, a resolução intitulada “Necessidade de por fim ao bloqueio, econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”.

Será o 25º ano consecutivo em que a Assembleia porá em votação esta resolução. Em 2015, 191 de 193 países membros da ONU votaram a favor e somente EUA e Israel votaram contra.

Fonte: Telesul, tradução da Redação do Resistência

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