Resistência

Um jogo amistoso com Israel, o último da seleção argentina antes da Copa do Mundo, desperta polêmica; o local escolhido foi arrasado há 70 anos pelos sionistas durante a ocupação do território palestino. Em carta, 70 crianças palestinas pedem ao craque argentino Lionel Messi que não participe do amistoso.

Trata-se da última partida da seleção argentina antes da Copa do Mundo que se realizará na Rússia. O jogo está previsto para o dia 9 de junho.

A partida está marcada para o estádio Teddy Kollek, no sul de Jerusalém, que foi construído no bairro Malha, há 70 anos destroçado por uma ofensiva dos militares sionistas.

“Como nos informaram, você vem jogar em Malha , num estádio construído sobre nossa aldeia destruída”, diz a carta endereçada a Messi, escrita por crianças descendentes dos palestinos expulsos do local.

Acrescentam que se sentem felizes por ter seu ídolo perto, mas afirmam que é decepcionante que a partida seja realizada nesse lugar. “Nossa felicidade se transformou em lágrimas e nossos corações ficaram partidos. Por acaso é lógico que Messi, nosso herói, vá jogar em um estádio construído sobre as tumbas de nossos antepassados?”, perguntam no texto.

Por sua parte, o presidente da Associação de Futebol Palestino, Yibril Rayub, advertiu a Argentina que Israel poderia “aproveitar-se politicamente” desse amistoso, razão pela qual pediu às autoridades do país sul-americano para cancelar a partida.

O Movimento de Libertação Nacional Palestino Al-Fatah, que detém as posições majoritárias e de mando na Autoridade Nacional Palestina também pediu ao governo argentino que cancele o amistoso.

Resistência, com HispanTV