Península Coreana
Coreias definem agenda, protocolo e segurança para o encontro de presidentes
Por Benito Joaquín Milanés, enviado especial da Prensa Latina a Panmunjom, Península da Coreia
Começou nesta segunda-feira (23), o terceiro encontro preparatório da reunião de cúpula entre o líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong-un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. Estão em discussão a agenda, o protocolo e a segurança pessoal de ambos os estadistas .
O encontro é encabeçado pelo chefe do Comitê norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Pátria, Ri Son-gwon, e o ministro sul-coreano para a Unificação da Coreia, Cho Myoung-gyon e se realiza sob rígidas medidas de segurança no lado norte da Península Coreana.
As delegações definem o cronograma da próxima sexta-feira (27) entre os dois líderes, em uma sala privada e sem janelas de um edifício de dois andares que possui uma área coberta de 1.500 metros quadrados, denominado Tongil-gak .
Essa edificação foi inaugurada em 1985 pelo líder da RPDC Kim Jong-il, recordou à Prensa Latina uma fonte diplomática.
Ri y Cho devem anunciar em que momento das próximas horas se realizará a primeira conversação telefônica entre o líder da RPDC e o mandatário da Coreia do Sul. Definirão também se haverá ou não entrevista coletiva separada de Kim e Moon.
Nesta localidade muito próxima ao paralelo 38, foi selado em finais de julho de 1953 o tratado de não agressão que levou à criação, depois da assinatura do armistício, da chamada Zona Desmilitarizada.
Essa área militar restrita é o terreno com mais tropas e de maior infraestrutura defensiva do planeta.
No local, conhecido no mundo pelo nome do povoado mais próximo, Panmunjom, em poucos metros quadrados se olham face a face, a cada segundo, há 65 anos, soldados e oficiais dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e da RPDC.
Em algum momento da próxima sexta-feira (27), Kim deve passar perto de Tongil-gak para cruzar a fronteira para o lado sul, onde se encontrará com Moon e dessa maneira dar continuidade à denominada “Ofensiva de paz” que protagoniza.
Pyongyang e Seul ainda estão tecnicamente em guerra e a chamada zona desmilitarizada do lado sul é administrada e controlada pelos Estados Unidos.
Cerca de mil jornalistas de 40 países de mais de 300 veículos de comunicação se encontram em Panmunjom para cobrir o acontecimento, entre estes a agência cubana Prensa Latina.
Resistência, com Prensa Latina