Oriente Médio
Conferência internacional em Paris mostra isolamento de Israel e defende a paz na região “com base nas fronteiras de 1967”
Foi realizada em Paris, neste domingo (15), uma conferência internacional para tratar da paz entre Israel e a Palestina, reunindo setenta Estados, incluindo todos os países membros do Conselho de Segurança da ONU e organizações internacionais, como a Liga dos Estados Árabes, as Nações Unidas, a União Europeia, a União Africana e a Organização de Cooperação Islâmica.
Depois que Israel anunciou que não participaria, a organização do encontro decidiu que a reunião seria realizada sem a presença de representantes israelenses e palestinos. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu foram convidados a participar, posteriormente, de uma reunião para serem informados dos resultados da Conferência.
Durante o evento, organizado pela França, o ministro de Assuntos Exteriores do país, Jean-Marc Ayrault, disse estar determinado a unir-se à comunidade internacional na construção da paz. “A paz é nossa única esperança”, afirmou, e admitiu que a solução do estabelecimento e reconhecimento dos dois Estados é a única possível, com base nas resoluções da ONU e nas fronteiras de 1967.
Em entrevista ao jornal Le Figaro, o presidente palestino Mahmud Abbas pediu para chegar a um acordo para acabar com a ocupação israelense dos territórios palestinos. “Depois de 70 anos de exílio e 50 anos de ocupação, 2017 deve ser o ano da justiça, da paz e da liberdade”.
O presidente Abbas celebrou o resultado da Conferência. Segundo a agência Wafa, o líder palestino declarou que as conclusões do encontro confirmam “os princípios do direito e das resoluções internacionais para a criação de um Estado palestino com capital em Jerusalém Leste”. Abbas afirmou ainda que a conferência de paz poderia ser a última chance da solução de dois Estados e confirmou que irá a Paris tomar conhecimento oficial sobre as deliberações.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a conferência internacional de paz promovida pela França é fútil e visa impor condições que não atendem às necessidades nacionais israelenses.
Resistência, com agências, tradução de Luci Nascimento