Resistência

O 17 º dia da campanha eleitoral presidencial. nesta quarta-feira (8), esteve marcado pelos caravanas dos candidatos por vários estados do país — Zulia, Monagas, Amazonas e Lara — e a retirada da candidatura por iniciativa própria de Luis Ratti, para apoiar Henri Falcón, da legenda Avançada Progressista (AP), Movimento ao Socialismo (MAS) e Copei, Henri Falcón.

O candidato da Frente Ampla da Pátria, Nicolás Maduro, foi ao estado do Amazonas e Monagas, onde participou de atos multitudinários e pediu a defesa da pátria, diante das intenções entreguistas e as ingerências promovidas pelo governo dos Estados Unidos.

“Em 20 de maio se decide se a Venezuela segue sendo uma pátria livre, soberana e independente ou se transforma em uma colônia dos gringos e dos traidores”, afirmou o candidato revolucionário, na avenida Orinoco de Puerto Ayacucho, capital do Amazonas.

Maduro afirmou que esta votação vai definir o futuro da Venezuela nos próximos 30 anos. “Estamos defendendo o direito à existência de toda a pátria venezuelana, o direito ao futuro do povo”, disse.

Ele convidou os militantes das forças revolucionárias a preparar-se para fortalecer a República com a única ferramenta que tem o povo: o voto universal, direto e secreto.

“Faço um chamado aos patriotas do Amazonas, lhes faço um chamado aos que amam a Venezuela, chegou a hora de defender o direito de viver em paz, de construir seu futuro”, destacou.

Depois Maduro seguiu para Maturín, em Monagas, onde o povo lotou a avenida El Juncal para recebê-lo. Durante um comício, o candidato da Frente Ampla da Pátria ratificou que depois das eleições vai realizar uma ofensiva econômica para acabar com a guerra de preços que afeta a população; estratégia dirigida pela direita em aliança com setores empresariais.

“Eu estou pronto, se vocês me dão no próximo 20 de maio 10 milhões de votos, estou pronto para uma ofensiva econômica de proteção do povo e colocar as algemas nas máfias”.

Maduro ressaltou que vai centrar sua gestão de governo até 2025 em garantir a paz e a prosperidade econômica para todos os venezuelanos. “Se vocês me dão uma grande vitória no próximo 20 de maio, eu lhes juro que vou garantir a paz e a prosperidade econômica, vou cumprir”, disse.

Enquanto isso, em coletiva de imprensa em um conhecido hotel em Caracas, o candidato opositor Ratti anunciou sua retirada da disputa para apoiar Falcón.

Segundo Ratti, o motivo se deve à necessidade de um candidato único para enfrentar o representante da Frente Ampla da Pátria, Nicolás Maduro.

Ratti — que se inscreveu como candidato de forma independente — acrescentou que a partir de agora seu objetivo é transmitir uma mensagem de unidade para fortalecer a candidatura de Falcón, e garantir uma mobilização em massa de militantes a seu favor.

“É necessário sair e lutar para levantar a Venezuela, mas devemos colocar o orgulho e a soberba debaixo do chão porque não há nada mais importante que o povo e a terra onde nascemos”, afirmou.

Ele lamentou que os candidatos da Esperança pela Mudança, Javier Bertucci, e da Unidade Política Popular 89 (UPP 89), Reinaldo Quijada, prefiram privilegiar “interesses pessoais” acima do bem comum do eleitorado opositor.

Já Falcón agradeceu a determinação de Ratti, e considerou um “ato de desprendimento e compromisso com o país” para formar uma “verdadeira unidade onde o propósito seja a Venezuela”.

O candidato, que negou a existência de acordos políticos por trás da retirada de Ratti, exortou Bertucci e Quijada a somar-se a seu projeto político a fim de “gerar uma possibilidade real para alcançar o caminho da grandeza e da verdade”.

Depois, Falcón se reuniu com o setor dos transportes em Zulia, e visitou meios de comunicação locais.

Javier Bertucci esteve em Barquisimeto, estado de Lara, onde informou que vai se reunir com Falcón, “para convidá-lo a unir-se à candidatura da esperança e da vitória”.

Já Quijada organizou, nesta terça-feira, planos para os últimos dias de campanha.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias