Maduro 2018
Comunistas venezuelanos anunciam apoio à candidatura de Nicolás Maduro à reeleição
O Partido Comunista da Venezuela (PCV) proclamou na noite da segunda-feira (26) Nicolás Maduro como seu candidato às eleições presidenciais que se realizarão no próximo 22 de abril.
“Oficialmente, aceito a proposta de candidatura feita pelo Gallo Rojo” (*), disse o chefe de Estado ao assumir a postulação do Partido Comunista da Venezuela.
“Comprometo-me perante vocês, irmãos, a levar adiante um governo operário anti-imperialista, o caminho a transitar nos anos que estão por vir é o do socialismo. Resistimos e lutamos, aqui estamos de pé, prontos para seguir aprofundando uma nova economia, a nova economia socialista e produtiva é o grande desafio das gerações presentes e futuras. O capitalismo se nega a morrer e em sua despedida pretende causar danos ao nosso povo. A resposta é firme e com o rumo do socialismo!” – enfatuzou o presidente e candidato à reeleição.
Durante o ato de encerramento da 14ª conferência nacional do PCV, realizada no Teatro Cantaclaro, em Caracas, anexo à sede nacional da legenda comunista, o presidente da República Bolivariana da Venezuela e candidato das forças revolucionárias, recebeu a bandeira dessa organização política que o credencia como representante do partido nas eleições de 22 de abril.
Acordo PSUV-PCV
Na atividade, também foi assinado o Acordo Programático Unitário entre o PCV e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), documento que recolhe propostas que ambas as organizações políticas se comprometem a cumprir em benefício da Pátria de Bolívar.
Os dirigentes do PSUV Jorge Rodríguez e Aristóbulo Istúriz, assim como os membros do Birô Político do Comitê Central do PCV assinaram o acordo, encabeçados por seu secretário geral, Oscar Figuera. Também o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, assinou o documento.
“Trabalhamos um documento conjunto que recolhe boa parte do caminhos a percorrer nos anos que estão por vir, os acordos e desacordos, a crítica e a autocrítica, mas sobretudo recolhe as propostas de como vamos avançar”, destacou Maduro, que enfatizou a nova fase das relações políticas com os comunistas venezuelanos: “Comprometo-me a aprofundar os mecanismos de consulta, debate e definição de agora em diante”.
O presidente e candidato à reeleição ressaltou que é a primeira vez na história da Revolução Bolivariana que se trabalha um documento em consenso e é assinado como compromiso “para transitar o tempo presente e construir o futuro”.
Salto qualitativo
Por sua parte, o secretário geral do PCV, Oscar Figuera, assegurou que a assinatura do acordo significa um salto qualitativo nas relações políticas nestes tempos de ameaças intervencionistas. “Estamos dispostos a dar a vida, nossa própria existência para defender os intereses da classe operária, do povo trabalhador e a nação venezuelana, a pátria não se vende, a pátria se defende”, assegurou.
O PCV garantiu que está disposto a organizar o povo em defesa do país. “Estamos dispostos a dar a vida e estamos adotando uma decisão para reorganizar nosso povo na unidade, em defesa da Pátria, da soberania”, sublinhou.
Figuera afirmou que a saída da crise do modelo capitalista-rentista venezuelano só pode ser encontrada com medidas revolucionárias, ponto que foi conversado com o presidente Maduro. “A saída para a crise do modelo capitalista-rentista venezuelano está na nacionalização do setor financeiro e bancário, está em que não se entregue um dolar mais aos capitalistas, na nacionalização dos setores do comécio e da indústria que monopolizam a economia”, acrescentou.
(*) Referência ao galo vermelho que compõe o símbolo do Partido Comunista da Venezuela
Resistência, com Correo del Orinoco