Colômbia
Colômbia busca a paz completa
Representantes do governo da Colômbia e do Exército de Libertação Nacional (ELN) iniciaram negociações de paz no Equador, nesta segunda-feira (6), para alcançar a paz completa após um acordo histórico com as FARC-EP, principal grupo guerrilheiro.
Desde 31 de março, o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o ELN, segundo grupo guerrilheiro do país, tentaram avançar para uma fase pública de diálogo, mas a falta de entendimento sobre o sequestro obrigou a adiar a data em duas ocasiões. A libertação do ex-congressista Odín Sánchez na semana passada, condição do governo, desbloqueou este processo. Em troca, o ELN alcançou o indulto de dois de seus guerrilheiros presos.
O início das negociações na capital equatoriana ocorre meses depois que o governo de Santos firmou um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), atualmente em processo de desarmamento para tornar-se grupo político legal .
Uma mesa de organizações sociais realizou na capital equatoriana o início dos diálogos, nos quais está prevista a participação da sociedade civil, publicou a AP.
O ELN tem 1.500 integrantes ativos, segundo dados oficiais, e o governo levou cerca de dois anos de negociações prévias, quando anunciaram o passo para a fase pública em março.
Em 18 de janeiro, o chefe da delegação do governo colombiano, Juan Camilo Restrepo, e o chefe da delegação do ELN, Pablo Beltrán, anunciaram em um comunicado conjunto o início definitivo dos diálogos para 7 de fevereiro. Equador, Noruega, Cuba e Venezuela acompanham como países garantidores das negociações.
O conflito armado da Colômbia, que se iniciou nos anos 60 com o levante destes dois grupos guerrilheiros, mas que acabou envolvendo também o Exército e grupos para-militares, deixou em meio século mais de 260 mil mortos, dezenas de milhares de desaparecidos e 6 milhões de desalojados.
Resistência, com Granma, tradução de Luci Nascimento