Luta palestina
Chanceler palestino exige boicote mundial e sanções contra Israel
O chanceler da Palestina, Riyad al-Malki, denunciou nesta terça-feira (1º) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, os sistemáticos crimes de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Ao intervir na segunda jornada do 31º período de sessões do Conselho, o funcionário advertiu que a comunidade internacional fracassa em suas tentativas de deter as violações dos direitos humanos pelos ocupantes.
“Podemos escutar o som das escavadeiras israelenses na colonização de novos assentamentos, e muito mais alto escutamos também as vozes que clamam pelos direitos do povo palestino. Para onde caminha a humanidade? Por que os palestinos têm de sofrer uma ocupação?”, perguntou.
De acordo com al-Malki, os assassinatos extrajudiciais, a usurpação de territórios, a destruição de habitações, as torturas e as detenções administrativas (prisões indefinidas) ocorrem dia a dia, em completa impunidade.
Os palestinos enfrentam um terror sistemático imposto pela potência ocupante, advertiu.
Segundo o titular de Relações Exteriores, durante a mais recente onda de protestos, mais de 180 palestinos perderam a vida, sendo 46% deles menores de idade.
Além disso, os castigos coletivos proliferam, como a demolição de casas e a negação a devolver os cadáveres dos assassinados, disse.
Al-Malki exigiu ações concretas da comunidade internacional e da ONU para deter as violações aos direitos humanos que Israel comete impunemente.
Se não agir, a credibilidade da organização estará em jogo, assinalou.
O chanceler palestino demandou, em particular, um boicote mundial contra os colonizadores e aqueles que os apoiam, e clamou pela avaliação da possibilidade de estabelecer sanções econômicas aos ocupantes.
Fonte: Granma
Tradução: Maria Helena D’Eugênio