Eleição no Equador
Candidatos a presidente no Equador intensificam batalha rumo às eleições
A menos de um mês para as eleições gerais no Equador, previstas para 19 de fevereiro, os candidatos a presidente intensificam suas campanhas eleitorais, a fim de garantir a maioria dos votos.
Quando já se cumpriram as duas primeiras semanas da batalha, as pesquisas de intenção de voto mantêm suas previsões que colocam em primeiro lugar o candidato ao Palácio de Carondelet, Lenín Moreno, do partido Aliança País, pró-governo.
Durante esses dias, Moreno viajou a Guayaquil e Loja, realizou reuniões com artesãos, mulheres e jovens, a quem assegurou que sua energia e vontade de conquistar o futuro será o motor principal de seu governo, porque “o futuro não vai parar”.
Sua campanha incluiu também um encontro com 41 universidades do país, levando em conta que um dos programas de Aliança País para o próximo mandato é direcionado para uma educação superior de qualidade, para o que convocou todos os vinculados com o setor a trabalhar unidos nesse sentido.
Da mesma forma, os demais candidatos a chefe de Estado prosseguem suas visitas aos meios de comunicação para explicar seus planos de governo e a diferentes regiões em busca de eleitores.
Gillermo Lasso, do partido CREO, mantém seu convite à mudança e afirma que em seu governo, se for eleito, fortalecerá a institucionalidade das Forças Armadas e que o ministro da Defesa será um oficial da reserva.
Seus principais destinos recentes foram as províncias de Guaya, Azuay, Cuenca e Ilhas Galápagos, onde segue prometendo gerar um milhão de empregos nos primeiros quatro anos, mas também se aventurou a viajar a Miami, onde concedeu uma entrevista à CNN em Espanhol.
De acordo com as pesquisas, Lasso é o segundo em popularidade, diante das eleições, mas com 15 pontos abaixo de Moreno.
Cynthia Viteri, a única mulher na disputa presidencial, e representante do Partido Social-Cristão, também escolheu Guayaquil para pedir apoio à sua plataforma, enquanto em Esmeralda prometeu casas, créditos, incentivos, empregos e progresso.
Ela segue em terceiro lugar nas pesquisas, embora muitos afirmem que a verdadeira batalha é pelo segundo lugar, entre ela e Lasso.
Nas outras posições estão o Acordo Nacional pela Mudança, Paco Moncayo, que espera um ambiente de segurança, estabilidade, e certeza, com uma política tributária séria, e Dalo Bucharam, do partido Força Equador, que recentemente acrescentou ao seu plano a construção de um hospital veterinário público para atender a animais de estimação.
Por sua vez, Washington Pesantez, voltado para reformar o setor agrícola, do partido União Equatoriana, assegura que os 10 anos de revolução cidadã devem ser fiscalizados.
O doutor Iván Espinel, líder do Movimento Força Compromisso Social, o candidato mais jovem e inexperiente na política, teve encontro com vários meios de comunicação, em especial rádios, e fez algumas viagens fora de Quito.
Finalmente, Patrício Zuquilanda, do partido Sociedade Patriótica e chanceler do Equador durante a gestão de Lúcio Gutiérrez, mais que apresentar iniciativas, focou em criticar o governo atual em entrevistas de rádio e televisão.
De maneira geral, a batalha é essencialmente entre representantes da direita que não solucionaram os problemas do povo anteriormente, um jovem que se inicia na política com novas ideias, mas sem experiência em governabilidade e o projeto de continuidade e consolidação da revolução cidadã dos últimos 10 anos.
Até agora, nem as intenções em envolver os membros do governo em casos de corrupção sob investigação no país, nem as acusações dos aspirantes ao Carondelet, ou suas promessas pouco argumentadas, conseguiram reduzir a aceitação à chapa da Aliança País composta pelo ex-vice-presidente Lenín Moreno e o atual vice-presidente, Jorge Glas.
Por Sinay Cespedes Moreno, na Prensa Latina, tradução de Luci Nascimento para o Resistência