Solidariedade
Brasileiros realizam 23ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba
De 15 a 17 de junho último, cerca de 500 pessoas participaram da 13ª Convenção de Solidariedade a Cuba, em Belo Horizonte (MG). Em mesas de debate e plenárias, os participantes receberam informações atualizadas sobre o empenho do povo cubano para manter as conquistas da Revolução, aperfeiçoar o sistema socialista e lutar contra o bloqueio imposto pelo imperialismo estadunidense. Ao final, aprovaram uma Declaração. Leia a íntegra.
Convocados pela Associação Cultural José Martí de Minas Gerais (ACJM_MG) e pelo Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba, amigas e amigos da ilha sempre rebelde, representantes de dezenas de estados da Federação, organizações políticas, sociais, juvenis, religiosas, sindicais e estudantis estivemos presentes à “23ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba”, ocorrida de 15 a 17 de junho de 2017, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Neste grande evento prestamos nossas homenagens ao legado imortal do líder histórico da Revolução Cubana, Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz, e ao Guerrilheiro Heroico Ernesto “Che” Guevara no 50º aniversário de seu assassinato. Também celebramos os 100 anos da Revolução Socialista de Outubro, reconhecendo que somente o socialismo terminará com a exploração imposta pelo neoliberalismo selvagem.
Num contexto em que a contraofensiva imperialista, a burguesia nacional e a grande imprensa pretendem calar nossas vozes; nesta hora de luta do povo brasileiro pela volta da democracia e por nenhum direito a menos; neste momento decisivo para a América Latina em luta por sua definitiva independência e soberania, o Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba reafirma suas bandeiras de permanente compromisso e amizade com a Revolução Cubana.
Acrescentaremos o trabalho solidário conforme a realidade apresentada depois de conhecer a desastrosa decisão do presidente dos Estados Unidos de romper os acordos assinados há dois anos entre Obama e Cuba. Uma vez mais os EUA se colocam em uma posição isolada, ignorando a comunidade internacional na tentativa frustrada de derrotar a Revolução Cubana. Agora, com mais empenho, reafirmamos nossa posição de acompanhar e apoiar militantemente o povo cubano.
As brasileiras e os brasileiros reunidos nesta histórica data, declaramos:
1 – Ratificar nossa confiança no processo de atualização do modelo econômico, político e social cubano que conduzirá ao fortalecimento de seu sistema socialista.
2 – Apoiar incondicionalmente o povo cubano, convencidos de que as novas gerações de cubanos não renunciarão aos princípios éticos e valores legados pela geração histórica, relacionados com os povos de Nossa América e do mundo.
3 – Rechaçar as declarações e medidas anunciadas pelo atual presidente estadunidense, hostilizando, mais uma vez, a população cubana, no rompimento, de forma unilateral, dos acordos assinados com o governo anterior.
4 – Exigir o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos, em respeito à resistência do povo cubano e da Comunidade Internacional que, no ano passado, ratificou sua posição ao lado da Revolução Cubana em votação histórica de 191 votos a favor e duas abstenções: o próprio Estados Unidos e Israel. E também como forma de atuar consequentemente em razão do reconhecimento do próprio governo de seu país da falência desta política criminosa e genocida.
5 – Exigir o fim da ocupação ilegal estadunidense da Base Naval em Guantánamo e devolver imediatamente este território usurpado por mais de um século a seus legítimos donos, o governo e o povo de Cuba.
6 – Exigir o fim das transmissões ilegais das mal denominadas “Radio e Televisão Martí, violadoras das normas da União Internacional de Telecomunicações.
7 – Denunciar por todos os meios de imprensa tradicionais e meios alternativos ao nosso alcance, assim como através das redes sociais, os programas de subversão e desestabilização que contra a Ilha tramam a CIA, a USAID, a NED e outras organizações estadunidenses em complô com grupos contrarrevolucionários de Miami.
8. Acompanhar o trabalho de mais de 10.000 cubanas e cubanos, profissionais da saúde que hoje prestam colaboração em nosso país como parte do programa “Mais Médicos”.
9 – Denunciar a ingerência do governo estadunidense na República Bolivariana da Venezuela, condenando o financiamento e o apoio logístico à burguesia na tentativa de derrubada do governo democraticamente eleito do presidente Maduro.
Belo Horizonte, Minas Gerais, 17 de junho de 2017