ONU
Avança na ONU discussão sobre proibição das armas nucleares
Mais de 120 países aprovaram nesta sexta-feira (7) nas Nações Unidas o primeiro tratado global para proibir as armas nucleares, um acordo considerado histórico por seus defensores, mas que foi boicotado por todas as potências atômicas.
O texto foi adotado oficialmente pelos países participantes nas negociações, com 122 votos a favor, um contra e uma abstenção.
No tratado, “os assinantes se comprometem entre outras coisas a não desenvolver, adquirir, armazenar, usar ou ameaçar com o uso de armas nucleares ou outros dispositivos explosivos nucleares”.
O documento inclui ademais procedimentos para que os países com armas nucleares que queiram somar-se declarem e destruam os seus arsenais.
Contudo, por ora todas as potências nucleares se mantiveram à margem do processo, incluídos os cinco membros permanentes do Conselho de Seguança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).
Tampouco participaram os outros quatro países que dispõem de bombas atômicas (República Popular Democrática da Coreia, Paquistão, Índia e Israel) nem, com a exceção da Holanda, os membros da Otan, que em vários casos têm armas nucleares estadunidenses estacionadas em seu território.
Os Estados Unidos foram o país que com maior clareza manifestou sua oposição à iniciativa, defendendo que diante da ameaça de países como a República Popular Democrática da Coreia, continua precisando de armas nucleares para proteger-se.
Os defensores do tratado não esperam que nenhuma potência atômica se some de imediato, mas confiam em que a nova norma contribuirá para aumentar a pressão para que se desfaçam de seus arsenais.
O tratado será aberto para receber as assinaturas dos Estados membros no próximo mês de setembro.
Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias