Resistência

O monsenhor Darío de Jesus Monsalve, um dos facilitadores dos diálogos com o Exército de Libertação Nacional ( ELN) fez nesta quarta-feira (4) um chamamento para fortalecer a nascente paz na Colômbia e avançar de uma vez por todas nas conversações com esse movimento guerrilheiro, atualmente paralisadas.

Em declarações à Rádio Caracol, o arcebispo de Cali pediu para destravar o processo de negociações com o movimento insurgente, praticamente paralisado desde 30 de março do ano passado, quando ambas as partes (governo e insurgência) prometeram na Venezuela instalar una mesa de negociação em Quito, Equador, a partir de uma agenda de seis pontos.

Monsalve reprovou o que considera uma personalização do tema das detenções, com a exigência do governo de que o ELN liberte o ex-congressista Odín Sánchez.

Em sua opinião, seria prudente tratar esse assunto e outras questões como os indultos de guerrilheiros sobre uma base jurídica estável, como resultado de um trabalho de comissões em busca de uma solução de fundo, não pontual.

Depois do anúncio em Caracas da decisão de ambas as partes de iniciar conversações formais, o presidente da República, Juan Manuel Santos, condicionou a abertura do processo à libertação de Sánchez, ao passo que o ELN rechaçou condicionamentos prévios às reuniões oficiais, as quais foram antecedidas por contatos exploratórios.

Essas posturas mantêm num tipo de impasse as gestões em favor de uma paz completa para a Colômbia.

Apesar do desacordo, tanto o governo como o ELN manifestaram sua disposição para voltarem a se encontrar em Quito no dia 10 de janeiro.

É preciso fortalecer e favorecer a paz na Colômbia, insistiu o arcebispo.

Redação de Resistência, com Prensa Latina