Colômbia

Analista diz que governo colombiano e Farc estão perto de acordo definitivo

20/06/2016

 

O subdiretor da Fundação Paz e Reconciliação, Ariel Ávila, assegurou neste domingo (19) que as delegações do governo colombiano e das insurgentes Farc-EP estão muito próximos de assinar o cessar-fogo bilateral e definitivo.

As duas delegações, reunidas em Cuba desde 2012, conseguiram também avanços em assuntos chaves para o fim do conflito como o abandono das armas ou o desarmamento dos guerrilheiros e a definição das regiões em que estarão inicialmente situados, comentou o especialista, em declarações à Blu Rádio.

Em ambos os casos, os protocolos estão praticamente terminados, acrescentou Ávila, depois de antecipar que provavelmente em umas duas semanas poderá ser decretado o silêncio de todos os fuzis, precisou a emissora de alcance nacional.

Os representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) retomarão as conversações em Havana a partir desta segunda-feira (20), após um intervalo para consultas.

Segundo o Escritório do Alto Comissariado para a Paz, os porta-vozes do Executivo planificaram várias reuniões com o presidente Juan Manuel Santos a fim de revisar os pontos da agenda para tentar resolver todas as pendências.

Esse grupo prevê permanecer na capital cubana de maneira ininterrupta até cinco de julho, em busca de progressos nos diálogos encaminhados a terminar a longa conflagração mediante uma solução política.

Na semana passada, durante um painel sobre a paz em Medelin, Antióquia, o mandatário confirmou que já estão na Colômbia os delegados da ONU encarregados de preparar a supervisão do cessar-fogo bilateral e o abandono às armas.

Uma comissão coordenada e financiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), e composta por observadores latino-americanos e caribenhos verificará o cumprimento dessas duas etapas, uma vez em vigor.

A reincorporação à vida civil dos atuais combatentes e o mecanismo mediante o qual o povo referendará tudo o que está sendo acordado, são duas das questões pendentes que serão debatidas na mesa de concertação em data próxima, disse o analista.

Única no continente, a guerra interna deixou cerca de 300 mil mortos, seis milhões de desalojados de seus lugares de origem e ao menos 45 mil desaparecidos.

Prensa Latina; tradução da redação de Resistência

 

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