Coreia Popular
67 anos da Guerra da Coreia e as ameaças atuais
Neste último sábado (24) o Comitê Nacional Pela Paz Coreano emitiu uma declaração sobre os 67 anos do início da guerra da Coreia e as ameaças atuais à paz na Península Coreana. Leia abaixo o texto.
Pionguiangue, 24 de junho de 2017.
Queridos Amigos,
No dia 25 de junho é lembrada a data dos 67 anos do início da guerra deflagrada pelos EUA contra a Península Coreana.
As atrocidades cometidas pelos EUA durante a Guerra da Coreia (1950-1953) foram os crimes de guerra mais hediondos e desumanos sem precedentes na história mundial.
Depois de iniciar a guerra da Coreia, os EUA declararam que “78 cidades da Coreia do Norte seriam apagadas do mapa”. Mais de 428 mil bombas foram lançadas apenas em Pionguiangue, um número maior do que a população da cidade na época. Os EUA reduziram a cinzas todo o território da Coreia, usando bombas de quase 600 mil toneladas, 3,7 vezes maiores do que as que caíram no Japão, durante a Guerra do Pacífico, inclusive usando bombas de napalm, proibidas pelas convenções internacionais.
Os EUA massacraram mais de 1.231.540 civis na região norte da Coreia durantes aqueles três anos de guerra.
Os atentados dos EUA são os crimes genocidas de guerra da classe A, quando comparados ao tamanho territorial e à população da Coreia.
No momento de conflagração da guerra, os EUA alardearam que acabariam com a guerra em 3 dias, mobilizando mais de 2 milhões de soldados de forças multinacionais, mas acabaram experimentando uma amarga derrota, sem precedentes em sua história.
Com a conclusão de um acordo de armistício assinado em 27 de julho de 1953, a guerra da Coreia foi suspensa, mas a paz ainda não foi estabelecida na Península coreana.
O armistício especificou que uma reunião política deveria ser realizada dentro de 3 meses após o cessar-fogo, para discutir os problemas da retirada de todas as forças estrangeiras da Coreia e resolver a questão pacificamente.
No entanto, devido à estratégia dos EUA de dominação da Ásia, o encontro político não pode ser realizado e a reunião de Genebra para a solução pacífica da questão foi suspensa.
Após a guerra, a RPDC vem insistindo constantemente para que o acordo de armistício seja substituído por um pacto de paz, mas os EUA se recusam obstinadamente. Em vez disso, colocaram abertamente a RPDC na lista de alvos de “ataque nuclear preventivo”. Com base na criação da política estadunidense de não coexistência com a RPDC, os EUA têm constantemente levado a situação da Península coreana à beira da guerra, com frequentes manobras militares de grande alcance.
A escolha da RPDC é, inevitavelmente, o caminho das armas nucleares para salvaguardar a soberania nacional e o direito à existência, em virtude da chantagem nuclear imprudente dos EUA.
A linha da RPDC de desenvolvimento de construção econômica e armas nucleares é uma solução única, não apenas para proteger a soberania nacional e o direito à existência da nação, mas também a paz e a estabilidade na Península coreana e na região.
A atual administração dos EUA está tentando obter uma concessão da RPDC ao empregar a chamada “Máxima pressão e engajamento”, mas o tempo em que os EUA impunham a sua vontade sobre a RPDC, se foi, para sempre. Valorizamos a paz, mas não tememos a guerra. Quanto mais os EUA recorrerem a agressões e manobras de guerra, mais desastrosos lhes serão os resultados.
Esperamos que estendam, como sempre, seu apoio e solidariedade incondicional ao povo coreano na sua justa luta para erradicar o perigo de guerra na Península coreana e para realizar a reunificação independente e pacífica da Coreia.
Comitê Nacional Pela Paz Coreano
Pionguiangue
Tradução de Maria Helena De Eugênio para o Resistência