Coreia Popular

Panmunjom : Local da assinatura do acordo de armistício

22/08/2016
Assinatura do armistício em Panmunjom

A embaixada da República Popular Democrática da Coreia no Brasil enviou ao Resistência um conjunto de artigos abordando diversos aspectos da história e da realidade coreana. Nas próximas edições o Resistência irá publicar alguns destes artigos.

Panmunjom : Local da assinatura do acordo de armistício

Situado na Linha de Demarcação Militar que divide a Coreia do Norte e do Sul, o local atrai a atenção especial da sociedade internacional.

Panmunjom tem uma reputação no mundo porque é um local histórico onde os Estados Unidos da América, que se gabavam de sua “supremacia” no mundo, na última Guerra da Coreia (1950-1953) renderam-se à República Popular Democrática da Coreia, com a assinatura do acordo de armistício que representou, para os EUA, uma carta de capitulação.

Em retrospectiva, no dia 25 de junho de 1950, o império, a fim de ocupar totalmente a Coreia e preparar um trampolim para dominar a Ásia e, eventualmente, todo o mundo, lançou um ataque armado surpresa contra a Coreia do Norte, após apenas 2 anos de sua fundação. Os EUA mobilizaram o exército fantoche sul-coreano, tropas dos 15 países aliados e, inclusive, alas restantes do antigo exército japonês.

Entretanto não puderam ver realizada a sua ambição. A contraofensiva do Exército Popular da Coreia causou a perda de uma quantidade colossal de tropas e equipamentos, impondo que permanecessem no mesmo lugar, onde sua hostilidade fora desenfreada. Acuados entre o muro e a espada, os EUA propuseram um cessar-fogo e seus generais, exaustos, foram para Panmunjom. Por fim, em 27 de julho de 1953, o império assinou o acordo de armistício da Coreia.

“Ao cumprimentar a comitiva do governo coreano, tornei-me o primeiro comandante americano na história a não alcançar a vitória e selar o acordo de armistício”, disse Clark, então comandante das tropas da ONU, após a cerimônia.

Panmunjom conserva o local das negociações de armistício e assinatura do acordo, tal como eram.

Incidente de Panmunjom

Panmunjom é, por assim dizer, o revelador do modo de ser dos Estados Unidos, promotores do agravamento da situação da Península Coreana.

Após a assinatura do acordo de armistício, os EUA, em flagrante violação ao postulado no documento, cometeram provocações de todos os tipos, agravando, de maneira intencional e planejada, a situação na Península Coreana.

Aqui está um caso que ocorreu em Panmunjom há 40 anos. Em 18 de agosto de 1976, o lado estadunidense, qualificando os álamos plantados na comunidade de Panmunjom como algo que dificultava a sua vigilância e, sem consulta prévia à Coreia do Norte, que os havia cultivado, os cortaram usando machados. Soldados do Exército Popular da Coreia tentavam detê-los, quando os ianques atiraram os machados sobre eles. Os norte-coreanos tomaram as ferramentas e as jogaram de volta contra os adversários. Como resultado, dois oficiais americanos foram mortos.

Esta é a realidade. Mas os Estados Unidos, atribuindo a responsabilidade pelo incidente ao lado norte-coreano, armou um alvoroço de “revanche militar”, levando a Península Coreana à beira da guerra.

Essa provocação não foi a primeira nem a última. Ainda que muitas pessoas no mundo se lembrem vividamente dos casos do “Povo”, armada espiã estadunidense, em janeiro de 1968 e do “EC-121” avião espião dos EUA, de grande envergadura, em abril de 1969, são incontáveis as provocações militares pela América do Norte, que levaram a Península Coreana ao limiar da guerra.

Vários instrumentos de espionagem, machados e cassetetes, expostos no local da assinatura do armistício de Panmunjom, confirmam claramente que os Estados Unidos são, de fato, os promotores do agravamento da situação e da violação à paz na Península coreana.

Avanço para a defesa da paz

Se hoje Panmunjom chama a atenção da sociedade internacional, é porque serve como um posto avançado para a defesa da paz e da estabilidade na Península Coreana, no Nordeste da Ásia e no resto do mundo.

Como é sabido por todos, a Península Coreana é o ponto de maior ebulição no mundo e onde poderia ser deflagrada uma guerra nuclear sem precedentes.

O Acordo de Armistício da Coreia estipula a retirada de todas as tropas estrangeiras da Coreia, a proibição da introdução de reforço militar externo e de materiais para a operação e a solução da questão coreana, que deverá ser resolvida pelos próprios coreanos, além de outros itens para garantir a paz na Coreia.

Mas os Estados Unidos, até esta data, após mais de 60 anos de cessar-fogo, mantêm tropas em prontidão na Coreia do Sul, inclusive um grande número de armas nucleares e, todos os anos, juntamente com o exército sul-coreano, faz todos os tipos de simulações bélicas, agravando continuamente a situação na Península Coreana.

Atualmente, os ianques e os sul-coreanos, em sua zona desmilitarizada, perpetram continuamente provocações e sensacionalismo com aconteceu há 40 anos.

Há uma lápide em Panmunjom, com a inscrição em letra manuscrita relacionada à reunificação do país, que Kim Il Sung, o eterno presidente da RPDC, que consagrou toda a sua vida pela reunificação nacional e a paz mundial, deixou às vésperas de sua morte. Além disso, os traços de Kim Jong Il (1942-2011), eterno presidente do Comitê de Defesa Nacional da RPDC, e Kim Jong Un, atual líder da RPDC e Comandante Supremo do Exército Popular, são preservados como símbolos da defesa da Coreia socialista e da reunificação do país, realizadas sob risco de vida.

Apesar da crise constante e extrema, a guerra não é deflagrada na Península Coreana, o que se deve inteiramente à poderosa dissuasão da atividade bélica pela República Popular Democrática da Coreia, em sua firme disposição em preservar a paz.

Fonte: Embaixada da República Popular Democrática da Coreia no Brasil

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