Resistência

O Movimento ao Socialismo (MAS), partido governante liderado pelo presidente Evo Morales, completa neste domingo (27), 21 anos de atividade e aplicação de um projeto de país comprometido com a soberania, o desenvolvimento e as lutas dos setores populares da Bolívia.

No dia 27 de março de 1995, dirigentes camponeses da região de Cochabamba, decidiram passar da luta sindical à eleitoral.

Essa estratégia buscou conquistar nas urnas a chefia do Estado, a fim de adotar decisões acertadas a favor das camadas populares desfavorecidas e impulsionar um programa de desenvolvimento  nacional alheio às receitas neoliberais.

Evo Morales qualificou o MAS como um instrumento político de libertação nacional.

Por sua parte, o vice-presidente da Coordenação das Seis Federações do Trópico de Cochabamba, Leonardo Loza, realçou a trajetória política da organização.

O dirigente recordou que, no passado, “durante a vigência de governos neoliberais, principalmente no Chapare, se semeava sangue, dor, luto e morte. Agora, ao invés disso, vivemos e trabalhamos em paz, com estabilidade política, econômica, social e cultural”.

Na opinião do líder sindical, os “massistas”, os revolucionários, os cocaleiros – setor de onde provém o presidente Evo – se encontram mais fortalecidos depois dos, ainda que desfavoráveis, resultados do referendo constitucional de 21 de fevereiro, “pois decidimos continuar o processo de mudanças iniciado em 2006”.

Loza mencionou a Cúpula Nacional de Movimentos Sociais, projetada para o dia 2 de abril em Cochabamba e na qual – disse – “vamos realçar nossa voz, nosso grito libertário perante o povo boliviano e o mundo inteiro”.

Depois da consulta popular do mês passado, o presidente exortou o MAS e os movimentos sociais do país a revisar as prioridades de trabalho, alcançar uma maior aproximação com as massas e acelerar os investimentos destinados ao benefício das comunidades.

Segundo os organizadores, o evento buscará novos caminhos que garantam a sobrevivência do processo de transformações integrais que a nação andina experimenta há uma década.

Sob a condução de Morales e do MAS, o país não só incrementou exponencialmente seu Produto Interno Bruto, de apenas seis bilhões de dólares em  2005, a 34 bilhões de dólares no ano passado .

Ao mesmo tempo, promoveu uma política de nacionalização de recursos naturais e empresas, projetou o desenvolvimento integral do país e condicionou o crescimento econômico sobre a base da defesa da soberania nacional e o empoderamento dos setores historicamente esquecidos, como operários, camponeses e comunidades originárias.

Prensa Latina; tradução da redação de Resistência