Cultura
O 4º Fórum Internacional do Ensino de Língua Portuguesa na China é realizado em Pequim
Foi inaugurado no sábado (8) o 4º Fórum Internacional do Ensino de Língua Portuguesa na China em Pequim, atraindo mais de 70 professores e acadêmicos de 28 instituições com cursos de língua portuguesa da parte continental da China, de Macau, Portugal e Brasil.
Com o tema de “Da Ásia ao Mundo: O Ensino de Língua Portuguesa na China sob a Globalização”, o Fórum foi sediado pela Universidade de Comunicação da China e apoiado pelo Instituto Politécnico de Macau.
Depois da cerimônia de abertura, foram realizadas as conferências paralelas com os temas de “interação sala de aula”, “comunicação intercultural”, “literatura e cultura no ensino de línguas”, “tradução e interpretação/ensino de linguagem escrita” e “ensino de sons: fonética e fonologia do português para chineses/ensino de português como espaço de cooperação”.
Durante as conferências, vários professores da primeira linha no ensino compartilharam os seus pensamentos e a experiência no ensino cotidiano de língua portuguesa para os alunos chineses. Os participantes também trocaram opiniões sobre os desafios no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, a fim de elevar a qualidade do ensino de português, resolver os problemas práticos no ensino, reforçar as capacidades transculturais dos alunos chineses e promover o desenvolvimento do curso de língua portuguesa na China.
Entre eles, são os representantes das universidades continentais chinesas e de Macau, além dos especialistas da Universidade do Porto, Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
“Tive a honra para participar do primeiro fórum como o representante da Universidade de Coimbra em 2011… Mas desde então, quanta coisa mudou. O mapa de português na China mudou, e muito. Hoje parece que a China tem 37 instituições acadêmicas ensinando português, e cerca de duas dúzias com cursos de licenciatura (na comparação com as 12 universidades em 2011)”, disse Carlos Ascenso André, coordenador do CPCLP do Instituto Politécnico de Macau.
Nos últimos dez anos, a China e os países da língua portuguesa têm se tornado cada vez mais próximos nas áreas de política, economia, cultura e intercâmbio pessoal. Consequentemente o país tem muitas demandas por talentos de língua portuguesa.
“A China mantém uma parceria estratégica integral com Portugal…China e Brasil ambos pertencem ao BRICS e conseguiram grandes sucessos no intercâmbio comercial e econômico”, disse Liu Shuxiong, presidente da Comissão de Orientação do Ensino de Línguas Minoritárias, do Ministério da Educação da China, acrescentando que “O volume comercial entre a China e os países de língua portuguesa mantém em um nível muito elevado mesmo no meio da desaceleração da economia global. Essa realidade exige uma formação de talentos de língua portuguesa tanto de melhor qualidade como de maior quantidade”.
Durante o Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional realizado em maio na capital chinesa, o Ministério da Educação do país reafirmou a sua decisão de apoio ao ensino de línguas minoritárias na China, prometendo reforçar intercâmbios com as instituições acadêmicas estrangeiras e formações de talentos das línguas estrangeiras.
Os participantes também discutiram os temas de “ensino de português na China: oportunidades e desafios” e “práticas de ensino de português na China: a participação como chave para a construção do conhecimento em sala de aula” em duas mesas-redondas no domingo (9) quando o seminário foi encerrado.
As três edições anteriores foram realizadas na Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim em 2011, no Instituto Politécnico de Macau em 2013 e na Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai em 2015, respectivamente.
Fonte: Agência Xinhua