Resistência à ofensiva golpista

No Equador forças populares vão às ruas defender a democracia

15/03/2016

Os simpatizantes do governo Rafael Correa se mobilizarão nesta quinta-feira (17) para defender a Revolução Cidadã dos intentos desestabilizadores promovidos pela oposição, confirmou nesta terça-feira (15) uma fonte partidária.

Segundo adiantou o secretário nacional da Ação Política, que faz parte da Aliança País (partido governante), Oscar Bonilla, em declaração a uma rádio local, se convocará os cidadãos para estarem desde às 16 horas de quinta-feira na “Plaza Grande”, em frente ao Palácio de Carondolet, “para defender a democracia”.

A Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e outras organizações sociais opositoras convocaram para este dia uma grande marcha nacional contra as políticas econômicas e as recentes reformas trabalhistas propostas pelo governo.

A respeito deste protesto, Bonilla advertiu que ele é fruto das perspectivas eleitorais de quem o convoca, e salientou que ele faz parte do chamado golpe branco, em cuja estratégia se inclui a ocupação das ruas.

Rafael Correa, por sua parte, voltou a recorrer hoje as redes sociais para alertar sobre os planos opositores e desmentiu que a marcha opositora de quinta-feira tenha como objetivo protestar contra o projeto de lei trabalhista que será votado nesta terça-feira (15) na Assembleia Nacional.

“É mentira! Já haviam anunciado a ‘mobilização’ meses atrás”, afirmou o presidente através do Twitter.

Depois de explicar os diferentes benefícios das reformas trabalhistas para os jovens, pais e trabalhadores, Correa assinalou que “os de sempre (opositores até à morte) seguem jogando pedras, nós lançamos propostas e ações para evitar o desemprego, principal custo social diante dos problemas externos”.

As mudanças, que têm caráter urgente devido a difícil conjuntura econômica provocada pela queda do preços do petróleo, buscam garantir o acesso dos jovens a um trabalho estável e digno, evitar demissões de trabalhadores, criar um seguro desemprego e assegurar o acesso de estudantes do ensino superior ao estágio.

Uma contribuição nova que surgiu das propostas enviadas por setores da sociedade civil, é a possibilidade de estender para nove meses a licença-maternidade que hoje é de 90 dias para as mães equatorianas.

Na segunda-feira (14), Correa já havia alertado, através do Twitter, sobre os planos opositores de provocar a violência durante a marcha, para em seguida vitimar-se.

“Buscam um morto”, realçou Correa, que fez um apelo à polícia para ser firme, mas prudente, e aos pais de família pediu para rechaçar a esses líderes opositores, que qualificou de irresponsáveis e de tentarem manipular os estudantes.

 

Fonte: Prensa Latina

Tradução: Wevergton Brito Lima, para o Resistência

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