Protesto
Na data nacional, argentinos vão às ruas e gritam: ‘A Pátria está em perigo!’
Uma impactante manifestação foi realizada nesta sexta-feira (25) na emblemática Avenida 9 de Julho de Buenos Aires no Dia da Pátria argentina. Organizações sociais e políticas protestaram contra o FMI e a política antinacional e antipopular do governo de Maurício Macri.
No dia em que se comemora o 208º aniversário da Revolução de Maio, a gesta que abriu caminho à definitiva independência da Argentina do colonialismo espanhol, numa maré humana milhares e milhares de argentinos, numa quilométrica concentração, manifestaram sua mensagem ao governo Macri: “Não ao FMI”.
Enquanto o presidente da República realizava na Quinta de Olivos, residência oficial, o tradicional almoço com membros do seu ministério, nas ruas sentia-se a efervescência social com frases como ‘Não ao FMI’ e ‘A pátria está em perigo’.
Foi uma resposta contundente dos argentinos à decisão do governo de pedir a “ajuda” financeira ao FMI, em meio à subida desenfreada do dólar, que se reflete também no aumento dos preços da cesta básica.
Mais de 40 organizações sindicais, sociais, de direitos humanos, políticas e religiosas convocaram a manifestação que protestou também contra os constantes aumentos dos preços dos serviços básicos e o corte no setor estatal que acarretou demissões.
‘Neste 25 de maio a Pátria está em perigo. Dizemos não ao FMI, à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e ao ajuste neoliberal da aliança governamental ‘Cambiemos’, instrumentos para a dominação do povo argentino. Não os deixemos passar’, escreveu no Twitter o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel.
Resistência, com Prensa Latina