Solidariedade
Morreu Max Altman, combatente internacionalista
Morreu na noite da última segunda-feira (19), aos 79 anos, o jornalista Max Altman. Seu filho, Breno Altman, também jornalista, militante do Partido dos Trabahadores (PT) e diretor editorial do site Opera Mundi, publicou nota nas redes sociais, em que destaca:
“Faleceu um militante internacionalista de toda a vida. Um homem que dedicou sua existência à luta pelo socialismo, à revolução proletária e à solidariedade anti-imperialista.
Aos onze anos, filho de um revolucionário polonês de origem judaica, integrou-se ao Partido Comunista, com o qual romperia em 1984, para se juntar ao Partido dos Trabalhadores.
Advogado, editor e jornalista, forjou sua biografia com destemor. De rara cultura e hábitos simples, teve um só lado desde muito jovem: o do movimento de libertação dos trabalhadores.
Era um filho da revolução de outubro. Da resistência contra a ditadura à defesa dos governos petistas, sempre esteve nas primeiras fileiras de combate.
Não hesitou jamais na oposição aberta ao sionismo, na solidariedade incondicional com a revolução cubana e no apoio incansável aos governos progressistas da América Latina, particularmente à revolução venezuelana.
Nunca esqueceremos os valores que sempre nos ensinou e a todos que nos cercavam: a valentia, a lealdade, a coerência, a honestidade, a abnegação, o compromisso com o conhecimento e o trabalho, a dedicação ilimitada à luta dos povos.
Há um mês foi diagnosticado com tumor cerebral, do tipo mais agressivo, dez anos depois de ter se curado de uma leucemia.
Suas cinzas, conforme seu desejo expresso, serão jogadas sobre a mureta do Malecón, em Havana, capital da Cuba socialista”.
O editor de Resistência, José Reinaldo Carvalho, secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, que compartilhou com Max Altman muitas ações internacionalistas, afirmou que “o camarada Max foi um intelectual e militante comunista, um homem sóbrio, de rigorosa disciplina, fraterno e amigo”. José Reinaldo destaca o internacionalismo e o anti-imperialismo de Max Altman: “Ele atuou durante muitos anos nos movimentos de solidariedade aos povos, destacadamente como amigo da Revolução Cubana e da Revolução Bolivariana da Venezuela. Foi o coordenador do Comitê pela Libertação dos Cinco Heróis cubanos presos em 1998. Jornalista de talento, Max escreveu artigos sobre a conjuntura internacional, em que denunciava com vigor as forças oligárquicas e reacionárias. Sua palavra sempre foi uma inspiração e um alento a todos os que lutam pela emancipação nacional e social dos trabalhadores e dos povos”.
O dirigente comunista, sensibilizado com a morte do camarada e amigo, expressou suas condolências aos companheiros da Secretaria de Relações Internacionais do PT, de que Max era membro, e à família, enviando também um abraço solidário e de combate ao camarada Breno Altman, seu filho. “O Partido Comunista do Brasil inclina as suas bandeiras em homenagem ao querido Max”, finaliza José Reinaldo Carvalho.
Da redação de Resistência