Resistência

François Houtart, padre católico belga ligado à teologia da libertação, cientista político e sociólogo, com uma vasta obra sobre a América Latina, morreu nesta terça-feira (6) aos 92 anos.

“Na madrugada de 06 de junho de 2017 acaba de morrer em Quito François Houtart, teólogo e sociólogo da libertação dos povos”, disse o site equatoriano de esquerda La Línea de Fuego.

Conhecido como o “Papa da antiglobalização”, François Houtart nasceu em Bruxelas em 1925 e se tornou padre em 1949.

Doutor em Sociologia pela Universidade Católica de Lovaina, foi o responsável por sistematizar e apresentar a proposta da América Latina no Concílio Vaticano II, por nomeação do ex-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Dom Hélder Câmara.

Nos últimos anos trabalhou na Fundação Pueblo Indio, do Instituto de Estudos Superiores da Universidade Central do Equador.

Precursor do pensamento crítico à globalização capitalista e identificado com o marxismo, foi um dos principais promotores do Fórum Social Mundial em Porto Alegre em 2001.

Escritor incansável, publicou cerca de 70 livros, entres eles, “Mercado e Religião e Sociologia da Religião”, além de diversos artigos e conferências.

De acordo com o site La Línea del Fuego, François Houtart acompanhou o processo dos governos progressistas na América Latina entre o apoio vigilante e a crítica. Nos últimos anos, esteve preocupado com questões relativas à crise e à decadência do capitalismo na América Latina e com a necessidade de buscar novas alternativas.

Com La Jornada e Brasil de Fato