França

Meio milhão de franceses protestam contra os planos do governo

22/03/2018

Ao redor de meio milhão de pessoas saíram nesta quinta-feira (22) às ruas em toda a França para protestar contra os planos do governo de Emmanuel Macron, como a reforma ferroviária e as transformações na função pública.

Durante toda a jornada se desenvolveram protestos em dezenas de cidades protagonizadas pelos trabalhadores ferroviários, os servidores públicos, estudantes e multidões de cidadãos opostos aos projetos do Executivo.

A nível nacional registrou-se uma assistência aproximada de 500 mil manifestantes, enquanto em Paris informaram-se diversas cifras em uma faixa de 47 mil a 65 mil, com dois desfiles que confluíram na emblemática praça da Bastilha.

Os trabalhadores da Sociedade Nacional de Ferrovias (SNCF) protestaram contra a reforma ferroviária impulsionada pelas autoridades, considerada o início da destruição desse setor modelo do serviço público na França.

Por sua vez, os servidores públicos mobilizaram-se para recusar os planos do governo de eliminar 120 mil postos de trabalho e de cortar 60 bilhão de euros do orçamento destinado a esta divisão.

A greve gerou perturbações em diversos setores como o transporte aéreo, o ferroviário, as escolas, as universidades e diversas instituições da administração pública.

Em Paris registraram-se distúrbios e episódios violentos entre grupos de mascarados e as forças de segurança.

Ainda que a multidão de participantes na manifestação marchou em calma pelas ruas parisienses, alguns grupos de encapuçados que atuavam à margem da passeata protagonizaram fatos violentos como a destruição de imóveis e lançamento de pedras nos agentes.

Em resposta, os guardas empregaram canhões de água para tentar dispersar aos autores das agressões, o que gerou um clima de tensão ao longo da demonstração.

Na cidade de Nantes também ocorreram distúrbios que terminaram com a detenção de sete pessoas.

A mobilização desta quinta-feira é considerada o prelúdio do que sucederá de abril a junho: a SNCF convocou uma greve de dois dias a cada cinco nesses três meses, o que significa 36 jornadas de paralisação dos serviços dos trens.

Fonte: Prensa Latina

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