Relações EUA-Coreia Popular
Jornal oficial da Coreia Popular critica jogo duplo dos EUA
O jornal Rodong Sinmun, que expressa as opiniões oficiais da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), opinou neste domingo (26) que os Estados Unidos de fazem “jogo duplo”.
As dificuldades para que ambos os países prossigam os entendimentos depois que se realizou a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em Cingapura em junho último, surgiram porque o secretário de Estado Mike Pompeo tem pressionado a Coreia Popular a eliminar seu arsenal nuclear unilateralmente. Mas Pyongyang exige que Washington faça antes suas próprias concessões.
O jornal Rodond Sinmun disse que unidades especiais norte-americanas situadas no Japão estavam preparando uma infiltração em Pyongyang, citando como fonte um veículo da mídia sul-coreana.
O jornal também denuncia que de finais de julho até o início de agosto, o submarino nuclear norte-americano Michigan transportou unidades especiais acantonadas na base de Okinawa, no Japão, até a base naval de Jinhae na Coreia do Sul.
Para Rodong Sinmun, trata-se de manobras militares com caráter provocador, que constituem uma ameaça e um obstáculo à implantação da paz na Península Coreana, ao ambiente de diálogo entre a RPDC e os Estados Unidos e ao espírito da declaração conjunta assinada pelos presidentes Kim Jong Un e Donald Trump.
O jornal enfatiza que a Coreia Popular não pode fazer outra coisa senão encarar com seriedade o jogo duplo e insta os Estados Unidos a atuar em outra direção.
O veículo insistiu em que Washington desista dos “jogos militares inúteis” e implemente o acordo de Cingapura, no qual os líderes se comprometeram a trabalhar por uma completa desnuclearização da Península Coreana.
Desde a realização da cúpula, os dois lados têm tido dificuldade para reduzir suas diferenças sobre o programa de armas nucleares norte-coreano.
Pyongyang está pedindo uma declaração de paz como parte das garantias de segurança, planejadas para encorajar o seu abandono das armas nucleares e mísseis, enquanto a administração Trump diz que um acordo de paz e outras concessões virão apenas depois de ver um maior progresso na desnuclearização.
Resistência, com Rodong Sinmun e Reuters