Crise nuclear

Japão, EUA e Coreia do Sul decidem exercer pressão contra Pyongyang

29/11/2017
O líder da Coreia Popular Kim Jong Un inspeciona míssil balístico intercontinental

O Japão, os Estados Unidos e a Coreia do Sul decidiram nesta quarta-feira (29) exercer o máximo nível de pressão contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) em represália pela nova prova balística que realizou.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse a jornalistas que abordou o tema por telefone com o presidente norte-americano, Donald Trump, e os dois decidiram usar ‘sua forte aliança e fazer todo o possível para resolver de uma vez por todas a questão com a RPDC e obrigá-la a mudar suas políticas’.

Segundo o governante japonês, os três aliados decidiram também trabalhar com a comunidade internacional para aumentar as pressões ao máximo nível contra a nação vizinha.

Também nesta quarta-feira, os exércitos da Coreia do Sul e Estados Unidos determinaram estreitar a coordenação para enfrentar Pyongyang.

Jeong Kyeong-doo, chefe do estado maior das Forças Armadas, e sua contraparte estadunidense, Joseph F. Dunford, asseguraram que ‘farão o melhor’ para a segurança e a paz da Coreia do Sul.

Seul lançou nesta madrugada três mísseis, pouco depois da prova balística de seu vizinho do norte. Esta operação envolveu os comandos terrestre, naval e aéreo.

Seu governo condenou o teste de Pyongyang, pediu a este que detenha essas atividades e ameaçou reagir a qualquer tipo de provocação para proteger sua segurança nacional.

A RPDC confirmou o lançamento do míssil intercontinental Hwasong-15, afirmou que não pôs em risco a segurança dos países vizinhos e reiterou o caráter autodefensivo de seu programa para desenvolver essa tecnologia e a nuclear.

O teste foi realizado às 02h48, hora local, desta quarta-feira e se tratou de um equipamento potente e capaz de impactar todo o território dos Estados Unidos em caso de agressão, detalhou um comunicado oficial.

‘O desenvolvimento de armas estratégicas pela RPDC é para defender sua soberania e integridade territorial ante a política de chantagem e as ameaças nucleares de Washington’, afirmou o governo.

Também reiterou o propósito de garantir a vida pacífica do povo e não afetar países da região.

Pyongyang defende que os projetos de tecnologia nuclear e de mísseis também são o meio para dissuadir os Estados Unidos e seus aliados na região de provocar uma nova guerra.

Depois da prova anterior, em setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade uma resolução contra a RPDC por essas atividades.

Há alguns dias a Casa Branca incluiu a RPDC na lista de países que considera terroristas e em seguida impôs unilateralmente sanções econômicas que inclusive afetam empresas e indivíduos de outros países.

Resistência, com Prensa Latina

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