Jadallah Safa: Jerusalém e o levante popular
As invasões constantes na Esplanda da Mesquita de Al-Aqsa, feitas pelos colonos com proteção de exército e forças de segurança de Israel, e as agressões praticadas contra os palestinos, são consideradas operações provocativas. Foram planejadas e incentivadas pelas autoridades israelenses, dentro de disposições da ordem sistemática e deliberada que procura impedir os palestinos à chegarem na cidade sagrada. Esse método começou gradualmente desde o primeiro levante palestino. Com o acordo de Oslo, incentivou a separação de Jerusalém da Cisjordânia e de Gaza, acelerar sua judaização desde sua anexação em 1967, tentaram queimar a Mesquita de Al-Aqsa em 1969 através de um colono israelense.
Por Jadallah Safa*
A autoridade de ocupação israelense intensificou suas medidas contra Jerusalém e Oslo era uma nova etapa nesta escalada, expulsar milhares de cidadãos palestinos, demolir, impedir a restauração de casas dos palestinos em Jerusalém. Confiscaram terras e casas, permitindo que os colonos ocupassem casas dos cidadãos palestinos, colocaram barreiras e impediram o acesso dos palestinos aos lugares sagrados para rezar na Mesquita de Al-Aqsa, e impôs restrições sobre aqueles com idade inferior a cinquenta anos, proibiram os palestinos de Jerusalém a rezar na Mesquita de Al-Aqsa e levaram a prisão de quem tentasse chegar mais perto dos locais sagrados e de culto.
Dr. Hanna Issa, um professor de direito internacional, disse: “desde a ocupação israelense da cidade de Jerusalém foram emitidas muitas leis racistas, lei de anexação de Jerusalém, a demarcação dos limites da cidade e do confisco de terras palestinas para construir assentamentos neles, e em seguida, a demolição de centenas de casas, assim como a construção do muro da separação racial que confiscou milhares de acres, bem como não oferecer um planejamento para construção de casas aos palestinos na Jerusalém Oriental, a fim de forçá-los a deixar a cidade, a fim de alcançar o projeto israelense significativo que o número de judeus em Jerusalém chegara até 70% da população em comparação com apenas 30% dos árabes”.
O Ministério do Interior israelense começou em 1993 examinando quem era um residente de Jerusalém, portadores de identidade feita em Jerusalém, obrigando a residir fora das suas fronteiras. Como o número de cidadãos que se mudaram para viver fora dos limites da cidade está entre 50 e 80 mil, foi cancelada a residência deles em Jerusalém, e este período de execução das decisões foi reconhecida como deslocamento “silencioso”, entre 1987 e 1999, ocorreu a retirada de 3.300 identidades de cidadãos de Jerusalém, depois dos acordos de Oslo, o Ministério do Interior intensificou os procedimentos destinados a retirar as identidades de palestinos que residem em Jerusalém.
A fundação “B’Tselem” mostrou em um balanço estatístico de 1967-2004 que foram desconsiderados 6.396 palestinos como cidadãos de Jerusalém.
Esta é uma política de limpeza étnica planejada pelas forças de ocupação israelense para judaização da cidade santa. Visam reduzir a presença árabe palestino a menor proporção possível, note que nos últimos anos tem sido aproximadamente 20 mil habitantes de Jerusalém que perderam o direito de residência na cidade por causa da exigência do governo israelense de moradia dentro das fronteiras artificiais, e durante o ano de 2012, foi cancelado o direito da residência de mais de 4.577 de Jerusalém “.
As provocações de colonos com proteção das forças de segurança israelenses têm contribuído de uma forma ou outra para acelerar neste levante popular atual, e enfrentar todas as medidas tomadas da parte autoritária israelense de cancelar a identidade árabe de Jerusalém, e confirmar que Jerusalém é a capital eterna da Palestina.
* Do Comitê da Palestina Democrática