São crescentes os desafios do Conselho Mundial da Paz

24/11/2015

Hoje, como nunca tinha sido antes, desde sua fundação há 65 anos, o Conselho Mundial da Paz tem diante de si o desafio de incrementar as ações pela universal e a soberania dos povos, cada dia mais condenados à destruição como consequência dos conflitos militares.

Foi como se expressou José Ramón Balaguer Cabrera, membro do Secretariado do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e chefe do seu Departamento de Relações Internacionais, em uma intervenção especial na primeira jornada do 4º Seminário Internacional da Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras, que se realiza em Cuba de 23 a 25 de novembro (quarta-feira) na cidade de Guantánamo.

Balaguer Cabrera assinalou que este evento se desenvolve em meio a uma situação internacional muito complexa, caracterizada pelas guerras, os atos terroristas e o caos governamental em numerosas regiões do mundo, como no Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, onde se revelam com crueza os efeitos da política de ingerência do imperialismo, para exercer seu domínio mundial.

Ao referir-se à ilegal base naval de Guantánamo, indicou que esse enclave, o mais antigo dos mais de 600 que os Estados Unidos têm disseminados por todo o mundo todo (76 dos quais na América Latina e Caribe), foi convertido pela administração de George W. Bush em prisão e centro de tortura, verdadeira vergonha para o governo imperial, autoproclamado paladino dos direitos humanos.

A primeira jornada do 4º Seminário da Paz e pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras contou com a presença de Denny Legrá Azahares, primeiro secretário do Partido Comunista Cubano em Guantánamo e de Fernando González, Herói da República de Cuba.

O evento começou com as palavras de boas-vindas aos mais de 200 participantes de Sílvio Platero, presidente do Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos, e continuou com a intervenção da brasileira Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz.

Uma vez que o próprio Obama admitiu o fracasso da política de pressão e intimidação contra Cuba, o desafio atual do Movimento da Paz em todo o mundo é incrementar a luta contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro (causador de perdas multimilionárias ao povo cubano) e pela devolução do território ocupado pela ilegal base naval de Guantánamo, indicou a líder do Movimento da Paz.

Também interveio Nancy Acosta Hernández, presidenta do governo na província de Guantánamo, que fez uma caracterização do território. Em seguida foram apresentadas as duas primeiras conferências do Seminário, pelo doutor Manuel Carbonell, colaborador do Movimento pela Paz, e o embaixador do Equador em Cuba, Edgar Ponce Iturriaga.

Na sessão da tarde, a norte-americana Ann Wright tomou a palavra e informou que na prisão instalada na ilegítima base naval de Guantánamo há 107 prisioneiros, 46 dos quais sem pena definida nem acusação formada.

O evento é uma tribuna de denúncia das políticas intervencionistas dos Estados Unidos, segundo declarações de seus participantes.

O Seminário se realiza na província de Guantánamo, no extremo oriente cubano, porque parte de seu território está ocupada pela ilegal base naval norte-americana, estabelecida contra a vontade do povo em 1903, como parte do Tratado de Bases Navais cancelado por Cuba desde 1960, o que os Estados Unidos se negam a aceitar.

A devolução desse território é uma das principais exigências dos cubanos desde o triunfo da Revolução e constitui um elemento chave no atual processo para a normalização de relações entre ambos os países.

Fonte: Granma e Prensa Latina

Compartilhe:

Leia também