Palestina

Israel matou 345 palestinos desde que Trump reconheceu novo estatuto de Jerusalém

03/12/2018

As forças policiais, militares e dos serviços secretos de Israel mataram 345 palestinos no território ocupado da Margem Ocidental e na Faixa de Gaza cercada, desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento oficial, em Dezembro de 2017, de Jerusalém como a capital de Israel.

Nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno, em Gaza, as forças israelenses mataram mais de 200 palestinos e deixaram feridos mais de 20

O número surge num relatório elaborado pelo Jerusalém Centre for Studies of Palestinian and Israeli Affairs [Centro de Estudos de Questões Palestinas e Israelenses de Jerusalém], que foi apresentado no último sábado (1º/10), segundo referem a agência Fars e a HispanTV.

De acordo com o documento, entre os mortos neste período pelas forças israelenses contam-se 71 crianças e nove mulheres palestinas. Outros sete palestinos perderam a vida na prisão, 43 morreram na sequência de ataques aéreos e um – o engenheiro Fadi al-Batsh – foi assassinado pelos serviços secretos israelitas (Mossad) na Malásia.

Neste período, refere ainda o relatório, 20 membros da resistência palestina foram mortos em diversas operações especiais.

Das 71 crianças registradas, 50 foram mortas nas ações de repressão israelense sobre as mobilizações da Grande Marcha do Retorno, que tiveram início, em Gaza, em 30 de março último.

Nestas mobilizações, em que os palestinos exigem o fim do bloqueio ao território cercado e reclamam o direito dos refugiados a regressarem às suas casas, as forças israelenses terão assassinado 211 palestinos, de acordo com o documento.

Tendo em conta que em 29 de Novembro se assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, as mobilizações da passada sexta-feira da Grande Marcha do Retorno, que se realizaram pela 36ª semana consecutiva, tiveram como lema “Solidariedade com o Povo Palestino”.

As forças israelenses voltaram a reprimir de forma violenta os manifestantes – mais de 12 mil, segundo algumas fontes. O Ministério palestino da Saúde em Gaza revelou que 28 pessoas ficaram feridas, depois de terem sido atingidas com balas reais.

Resistência, com AbrilAbril

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