Oriente Médio
Intensifica-se na ONU debate sobre a solução de dois Estados para conflito entre palestinos e agressores sionistas
Durante a semana, a solução de dois Estados, um palestino, outro israelense, convivendo em paz sob as fronteiras anteriores à ocupação de 1967, foi reiterada no Conselho de Segurança da ONU.
Em um debate realizado ao longo da semana, cerca de meia centena de oradores de vários continentes ratificaram seu apoio à resolução 2334 do Conselho, adotada em 23 de dezembro que exige a cessação da colonização israelense, e à conferência realizada em 15 de janeiro em Paris, França, para promover o fim do conflito.
Durante as intervenções, uma vez mais foram identificados os obstáculos para o retorno das partes à mesa de diálogo e a materialização da solução dos dois Estados, entre eles o empenho de Tel Aviv em construir assentamentos ilegais em Cisjordânia, inclusive em Jerusalém Oriental.
O coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, instou os líderes palestinos e israelenses a se comprometerem com a paz.
Mladenov advertiu através de videoconferência desde Jerusalém que são necessárias ações concretas para reverter a trajetória negativa dos acontecimentos, que tende a afastar o fim do conflito.
Em sua opinião, devem ser dados de imediato passos na prática, como a cessação da construção de assentamentos e da violência, a fim de salvar a mundialmente apoiada solução dos dois Estados.
Para o observador permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, Israel tem a oportunidade de escolher entre a paz e manter a ocupação e a opressão.
Chegou a hora da decisão, porque ambos os caminhos são excludentes, sublinhou o embaixador no foro do Conselho de Segurança. De acordo com Mansour, a resolução 2334 brinda a oportunidade de alterar o curso dos acontecimentos – marcados pela ocupação, a colonização e a violência israelenses – até levar à solução dos dois Estados.
Trata-se de um ponto de viragem que reacende as esperanças de paz, mas Israel faz questão de recusar ou ignorar qualquer iniciativa, denunciou.
Por sua vez, o representante permanente de Israel na ONU, Danny Danon, reiterou a rejeição de seu país à resolução e rejeitou o que cosidera “uma campanha contra Tel Aviv”.
Resistência, com Prensa Latina