Solidariedade
Intelectual nicaraguense exige respeito ao ex-presidente Lula
O acadêmico Aldo Díaz-Lacayo, integrante do capítulo Nicarágua da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade, exigiu nesta terça-feira (8) respeito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de uma operação policial de condução coercitiva na sexta-feira passada (4).
Nada do que está acontecendo na América Latina e no Caribe é alheio à política imperial dos Estados Unidos, denunciou o historiador e ex-diplomata em declarações à Prensa Latina.
Existe uma nova escalada da agressão norte-americana na região, analisou, ao vincular a vitória da direita nas eleições presidenciais da Argentina e parlamentares da Venezuela a causas externas, assim como o triunfo do ‘Não’ no referendo sobre reeleição na Bolívia.
A origem do caso de Lula (detido para depor por um tema de suposta corrupção) está na sua intenção de se lançar de novo à presidência, considera o analista nicaraguense.
Fizeram um escândalo extraordinário, violaram todos os procedimentos jurídicos, inclusive as formas de cortesia com um ex-presidente, reiterou.
Já não se respeita nada, a extraterritorialidade e a unilateralidade são brutais, mas parece que a atitude de Lula tem sido muito digna, comentou.
Desejo sorte a Lula, ele tem suficiente capacidade, experiência política e inteligência para conduzir internamente o problema pessoal, outra coisa é como o acontecimento da sexta-feira passada repercute em uma possível candidatura presidencial.
Esse destacado intelectual nicaraguense reconheceu que existem problemas internos nos países onde governa ou governou a esquerda, mas, de fora, são multiplicados de maneira exponencial.
Mauricio Macri não ganhou (como chefe de Estado na Argentina) por acaso, cometemos erros (da esquerda), sim, mas foram aproveitados pelo ambiente exterior e o mesmo está acontecendo no Brasil, analisou.
A uma pergunta sobre a possibilidade de que se repitam processos de mesma índole no futuro, respondeu não ter dúvidas a respeito e o próximo cenário poderia ser o Equador e sua Revolução Cidadã.
Fonte: Prensa Latina