Resistência

Por José Reinaldo Carvalho, membro do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCdoB

Realizou-se a 18 de fevereiro de 1962 a Conferência Nacional Extraordinária, que promoveu a reorganização revolucionária do Partido Comunista do Brasil.

Foi uma ruptura com o oportunismo de direita, consubstanciado na Declaração de Março de 1958, que se converteu na linha geral do 5º Congresso, de 1960, que abriu caminho à mudança do nome do Partido para Partido Comunista Brasileiro, alegando que para legalizar-se os comunistas não poderiam apresentar-se como se fossem parte de uma organização internacional.

Ao seguir o revisionismo krushevista, a direção do PCB passou a adotar no Brasil uma linha de conciliação de classes. Um caminho ruinoso que 30 anos depois se transformou em traição aberta, com a decisão de transformar o PCB em PPS, linha auxiliar da burguesia. Justiça se faça aos militantes e dirigentes que, desde o início dos anos 1990 insurgiram-se contra esse caminho nas fileiras do PCB.

Com a realização da Conferência Nacional Extraordinária de 18 de fevereiro de 1962, o PCdoB ingressou numa etapa em que valorizou a identidade comunista ao combater o liquidacionismo ideológico e orgânico e adotar uma estratégia e tática revolucionárias.

Uma opção na qual os comunistas persistiremos, honrando a memória e o esforço dos que reorganizaram o Partido em 1962. Homenageio a sua memória citando os inolvidáveis camaradas João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar e Carlos Danielli.

O Partido manterá seu nome e símbolos, seu caráter de classe e a orientação teórica e ideológica do marxismo-leninismo.

Recentemente, os comunistas derrotaram a proposta, também liquidacionista e oportunista de direita, de mudar o nome do Partido e fundí-lo com um partido social-democrata.

Viva o PCdoB!