Crise humanitária

Frio expõe euro-miséria

23/01/2017
Neve em campo de refugiados de Moira, na ilha de Lesbos, na Grécia / Foto: STRATIS BALASKAS - EFE

A vaga de frio polar que desde o dia 14 de janeiro atinge com violência a Europa Central, os Balcãs e o Mediterrâneo Oriental, e que deverá piorar não apenas devido ao agravamento das condições climáticas mas também pelo risco de colapso dos sistemas de fornecimento de energia elétrica, já provocou a morte de pelo menos 80 pessoas.

Particularmente afetados pelo fenômeno que está a revelar a miséria na Europa, são os imigrantes e refugiados, os quais, alertou o Alto Comissariado das Nações Unidas para a questão dos Refugiados (ACNUR), estão a morrer e vão continuar a morrer de frio caso não sejam implementadas medidas urgentes.

No dia 15 de janeiro assinalou-se o Dia Mundial do Imigrantes e dos Refugiados. A ACNUR aproveitou para redobrar as advertências para a calamidade que as baixas temperaturas estão a desencadear, isto depois de registar que na Grécia muitos dos acantonados permanecem em risco de morrer de hipotermia, pesem os esforços do governo helênico que procedeu à transferência dos que se encontravam em duas ilhas.

Em Belgrado, a ONU diz que cerca de 1300 imigrantes, incluindo 300 crianças, estão sem qualquer abrigo capaz ou meios para minorar os efeitos da vaga de frio, mas idênticas situações de vulnerabilidade potencialmente mortal multiplicam-se noutras zonas das rotas utilizadas por imigrantes e refugiados, como fronteiras ou cidades de passagem.

Fonte: Avante!

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