Brasil
Frente Brasil Popular realiza ato por Diretas e lança plano popular de emergência
A Frente Brasil Popular realizou nesta segunda-feira (29), em São Paulo, no Teatro da PUC (Tuca), um ato político pela derrubada do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer, a convocação imediata de eleições diretas e por um plano popular de emergência para o país, contemplando os aspectos político, econômico e social.
O ex-ministro da Ciência e Tecnologia (governo Lula), Roberto Amaral, abriu o ato, defendendo a necessidade de tomar as ruas, em defesa da saída do presidente Michel Temes e pelo direito do povo de ir às urnas. O evento, que contou com a presença de políticos, artistas, intelectuais e representantes dos movimentos sociais, além de defender Diretas Já, promoveu o lançamento de um plano de emergência popular para tirar o país da crise.
O objetivo, segundo as organizações que compõem a Frente, é o restabelecimento da “ordem constitucional democrática, defender a soberania nacional, enfrentar a crise econômica, reverter o desmonte do Estado e salvar as conquistas históricas do povo trabalhador”, diz parte do texto, apresentado no Teatro da PUC em São Paulo.
“A proposta é tirar o país da crise, substituindo o governo golpista, ilegítimo, sem base popular, por um governo ditado pelas urnas. O eixo do plano é a democratização do Estado. Isso é fundamental, porque quem precisa de democracia, de SUS, de escola pública é o povo”, disse Amaral.
De acordo com ele, a plataforma apresentada pela Frente busca a retomada do desenvolvimento, com distribuição de renda. “Sem desenvolvimento não há emprego, se cala a classe trabalhadora”, completou. Segundo ele, é preciso mobilização popular. “Vamos voltar às ruas, não as deixar mais, aprofundar a ligação com os movimentos sindical e popular, realizar greves necessárias, porque o poder econômico só entende essa linguagem”.
O Plano de Emergência da Frente centra-se em dez eixos: democratização do Estado; política de desenvolvimento, emprego e renda; reforma Agrária e agricultura familiar; reforma Tributária; direitos sociais e trabalhistas; direito à saúde, à educação, à cultura, à moradia; segurança pública; direitos humanos e cidadania; defesa do meio ambiente e política externa soberana.
Amaral defendeu uma reforma que quebre o monopólio dos grandes meios de comunicação e a reforma do Poder Judiciário e destacou comodos governos progressistas de Lula e Dilma foi a política externa independente, em contraste com a atual. “Saímos dela para uma política subalterna, renunciando ao papel de liderança no Hemisfério Sul, de porta voz dos Estados que não tinham condição de voz e fala. Hoje estamos desmoralizados no plano internacional”, pontuou.
Resistência, com informações do Portal Vermelho