Maduro apela ao renascimento do bolivarianismo
O maior ato de justiça que um verdadeiro revolucionário pode ter, ante o ultraje da direita contra o Libertador Simón Bolívar e o comandante Hugo Chávez, é promover o crescimento do novo bolivarianismo e do chavismo, tendo seus valores patrióticos como uma inspiração, disse o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro.
Durante um ato de desagravo realizado no Quartel da Montanha, localizado no bairro em 23 de Janeiro, em Caracas, o chefe de Estado expressou que diante do novo ataque perpetrado por Henry Ramos, presidente da Assembleia Nacional, contra ambos os personagens históricos da Venezuela, os revolucionários devem se interpor com « os valores de Bolívar, o novo bolivarianismo, o novo chavismo, o profundo renascimento no trabalho, na ação e nos resultados. »
Participaram da atividade membros do conselho executivo da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) e do poder popular. Durante o evento, Maduro disse que essa ação da direita representa « o ultraje mais grave já cometido na história de 200 anos contra a sagrada memória do Libertador da América, Simón Bolívar. »
« Vamos iniciar uma jornada de desagravo e denúncia”. Explicou que a jornada deve ser consciente e rever « mil vezes o agravo, analisá-lo, perceber as posições dos valores contraditórios e do projeto que a direita representa », a fim de fazer justiça e fazer cumprir os valores bolivarianos ».
O presidente denunciou que a burguesia pretende alimentar « o ódio, para promover uma confrontação e criar uma coligação de direita na Venezuela, liderada pelos Estados Unidos. »
Destacou também que este tipo de atuação reflete o ódio da direita contra o chavismo e o desejo de que os venezuelanos o esqueçam: “Querem manchar a memória histórica, fazendo com que o povo se esqueça de onde vem e perca a perspectiva de para onde devemos ir ».
Maduro advertiu que a maioria opositora no Parlamento é « a velha oligarquia que foi o núcleo central da dominação e da pilhagem na Venezuela, durante 40 anos, e, ainda que tente chegar o povo, sua mensagem é plena de mentiras e demagogia”.
Durante a atividade, os membros do Poder Popular e da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) selaram um compromisso de defender os princípios da Revolução Bolivariana « para garantir maior bem-estar social e felicidade ao povo, consolidando uma sociedade humanista, em que prevaleça o Estado democrático e social, de acordo com o juramento feito pelo chefe de Estado ».
O presidente Maduro indicou que tal juramento deve cristalizar-se « a partir do espírito imortal de Bolívar, da memória e do espírito imortal do supremo comandante Hugo Chávez, fundador da Revolução Bolivariana do século 21. Juramos co fundo do coração, com a consciência aberta e com o amor convertido na chama sagrada da paixão « .
Por outro lado, Maduro agradeceu aos venezuelanos por defenderem o legado de ambos os líderes, ação que considerou como de profunda espiritualidade e compromisso. Por sua vez, aplaudiu o discurso proferido pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que considerou um pronunciamento « solidamente histórico e constitucional, conceitual, doutrinário, épico e moral”; e solicitou que se reproduzisse a mensagem entre os soldados da pátria.
Em sua participação, o ministro estimulou os venezuelanos a preservarem a memória histórica do país, representada pelo legado independentista e humanista de Bolívar e Chávez.
O titular da Defesa emitiu uma declaração em nome do exército venezuelano. Este documento afirma que a Fanb manifesta « sua profunda indignação pela forma desrespeitosa, cheia de arrogância e desprezo », ante o agravo da direita, desrespeitando Bolívar, que « é o pai da nossa Pátria, um homem muito honrado, um símbolo sagrado para todos e de altíssimo valor para a América Latina « .
O comunicado acrescenta que o Libertador, e Chávez, « estão arraigados no inconsciente da alma nacional », de forma que desonrar a sua memória ou tentar tirá-la do inconsciente coletivo, seria equivalente a mover o país nas profundezas de seus fundamentos, para o que teriam de sacrificar até o último soldado.”
Emergência econômica
O presidente Maduro declarou em uma transmissão conjunta de rádio e televisão que apesar das medidas tomadas pela direita no Parlamento, que pretendem desconsiderar os demais Poderes Públicos, quando deixam de cumprir a ordem do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) e juramentar quatro deputados anteriormente impugnados pelo órgão judicial, levará na próxima terça-feira à Assembleia Nacional o decreto de emergência econômica proposto para impulsionar a transformação produtiva do país.
« Vamos ver a atitude da Assembleia Nacional (de maioria opositora) para com o decreto de emergência econômica e as ações ali propostas, se será aprovado ou rejeitado. Vamos esperar, portanto. Peço apoio a todo o povo venezuelano para a apresentação do decreto », solicitou o chefe de Estado.
O texto, cujo alcance será explicitado pelo mandatário, facilitará ações inscritas no âmbito do plano produtivo. A iniciativa, que desenvolverá a capacidade produtiva dos venezuelanos, será conjunta também com missões complementares e grandes planos para as missões.
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias; tradução de Maria Helena D´Eugênio para o Blog da Resistência