Resistência

Delegações de paz do governo da Colômbia e sas insurgentes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (Farc-EP), informaram nesta sexta-feira (29) que se iniciaram os debates sobre o último ponto da agenda dos diálogos de paz, referente à implementação de um eventual acordo definitivo.

Através de um comunicado conjunto, essas equipes das Farc-EP e do governo de Juan Manuel Santos, explicaram que as discussões sobre o tema, que inclui as vias de verificação e referendo, são realizadas simultaneamente com as conversações sobre o fim do conflito.

Durante o ciclo atual, que as partes qualificaram como “intenso e produtivo”, a mesa de conversações recebeu a visita do diretor da Unidade Nacional de Proteção, Diego Mora, no marco da Subcomissão de Garantias de Segurança.

Segundo o texto, com essa autoridade foi feita a análise de um possível esquema de proteção para aqueles que deixarem as armas, sendo que os mecanismos de segurança para as comunidades e organizações nos territórios apresentaram avanço.

Informaram ainda que continua sendo revisado o enfoque de gênero nos pontos Participação Política e Solução do Problema das Drogas Ilícitas – que jáalcançaram o consenso – como parte de uma subcomissão criada para esse fim.

Essas delegações realizaram consultas por quatro dias consecutivos e voltarão a se encontrar na Mesa de Conversações, na próxima quarta-feira, dia 4 de maio.
Ambas as partes buscam em Havana, sede das conversações de paz desde 2012 uma saída política para o conflito de mais de meio século, que custou cerca de 300 mil vidas e o deslocamento forçado de milhões de pessoas.

As equipes lideradas por Humberto de la Calle (governo) e Iván Márquez (Farc-EP) já alcançaram acordos parciais nos temas da reforma rural, participação política, combate às drogas ilícitas e ao narcotráfico, e reparação às vítimas da confrontação.

Prensa Latina; tradução de Maria Helena De Eugenio para Resistência