Resistência

Representantes do governo da Colômbia e das insurgentes Farc-EP assinaram neste sábado (12) um novo acordo de paz que adota as propostas feitas pela sociedade colombiana depois de terem sido majoritariamente rejeitados no plebiscito os termos do acordo anterior.

Depois de mais de 15 dias de trabalho em um ambiente construtivo e de boa vontade, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) e o governo de Juan Manuel Santos chegaram a consensos viáveis e possíveis, assegurou o chefe da equipe governamental, Humberto de la Calle.

Esse funcionário expressou a esperança de que as mudanças, que robustecem e ampliam a versão do acordo inicial, submetido a consulta em 2 de outubro último, sejam respaldadas pela população, para iniciar de imediato uma nova etapa rumo a reconciliação e a paz nesse país, afetado por mais de meio século de conflito social e armado.

Por sua parte, o comandante Iván Márquez, à frente da delegação guerrilheira, assegurou que para a felicidade da maioria dos colombianos ‘a paz segue sua marcha irrefreável’.

Começou uma grande mudança histórica rumo a uma sociedade verdadeiramente democrática, pacífica e justa, afirmou.

Iván Márquez assegurou que o novo texto preserva o espírito do assinado por ambas as partes na cidade colombiana de Cartagena de Índias na presença de mais de vinte chefes de Estado e representantes de instituições e organismos internacionais, mas foi ajustado com as propostas da população.

O comandante guerrilheiro expressou igualmente a esperança de que este novo acordo seja referendado por seus compatriotas, e a ele se incorpore o Exército de Libertação Nacional, segundo agrupamento insurgente da Colômbia.

Prensa Latina