América Latina

Evo Morales, presidente da Bolívia: “A América Latina não é uma colônia dos EUA”

19/05/2016

A América Latina não é uma colônia dos EUA, os tempos de dominação imperial terminaram, declarou nesta quinta-feira (19) o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao abrir a 10ª Cúpula Hemisférica de Prefeitos, na cidade de Sucre.

Diante de milhares de representantes de vinte países, o presidente afirmou que a Pátria Grande está passando por um processo de libertação democrática, impulsionado por movimentos sociais e os setores mais pobres.

Respeitem nossas revoluções. As nações latino-americanas e caribenhas defendemos nossa soberania política e econômica. Nós não precisamos de ninguém para intervir, disse ele, referindo-se à provocações e ataques de organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos.

Além disso, ele destacou as realizações na Bolívia durante uma década de gestão do Movimento ao Socialismo e reconheceu a luta dos povos indígenas e camponeses.

Junto ao povo impulsionamos um movimento de libertação política que é um símbolo da soberania e dignidade. Gestamos uma revolução democrática e cultural com grande esforço e respeitando os princípios que nossos antepassados ​​nos deixaram, disse ele.

A unidade permitiu-nos mudar a Bolívia. Nós fizemos em 10 anos o que não foi feito em 180, afirmou.

Morales declarou ainda que, graças ao apoio e conscientização da população, em 1º de maio de 2006 os recursos naturais foram nacionalizados, o que permitiu a transformação da economia nacional.

Em 2005, antes da nossa chegada ao governo, o investimento público foi de 600 milhões; este ano deverá ultrapassar 10 bilhões, apontou o presidente boliviano.

Morales declarou ainda que, antes de tomar posse, o Produto Interno Bruto foi de nove bilhões de dólares e em 2015 aumentou para 34 bilhões.

Anteriormente, a economia nacional foi dividida em mãos de estrangeiros. Do que se apurou, apenas 18 por cento foi para os bolivianos. Hoje é diferente, acrescentou.

Morales disse que, como parte do programa “Bolívia Muda” foram realizados neste país sete mil obras de benefício social, com um investimento de 600 milhões de dólares.

Ele também observou que foram executados três mil projetos relacionados com o acesso à água potável e à promoção da agricultura em comunidades remotas.

No total são 10.000 iniciativas promovidas pelo Governo. Isso não existia antes, não havia presença do Estado nos municípios, disse ele.

Vamos continuar a trabalhar como fizemos até agora concluiu.

Fonte: Prensa Latina

Tradução: Redação do Resistência

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