Bolívia
Evo: As forças armadas da América Latina devem ser anti-imperialistas
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou, na última segunda-feira, 7, que a luta dos povos e as forças armadas da América Latina devem ser anti-imperialistas, em defesa do continente, contra a intervenção e a ingerência.
Em seu discurso para o 192º aniversário das Forças Armadas Bolivianas (FFAA), na cidade de Kjasina, na província Omasuyos de La Paz, Morales destacou que o continente está em um momento complexo, porque o império estadunidense lança uma ofensiva para apropriar-se de seus recursos naturais.
“Por isso, o meu apelo para defender a pátria. A pátria é o território, os recursos naturais. Para proteger esta pátria de todos, deve haver uma grande consciência política do que se está defendendo, a proteção dos recursos naturais é a defesa das novas gerações, para que nunca mais vivam na pobreza, nem tratem seus filhos como mendigos ou humilhados no exterior”, incitou o comandante-em-chefe das Forças Armadas.
O Chefe de Estado recordou o papel dos militares no passado, nos chamados governos neoliberais, quando estavam submetidos ao poder “imperial” e a mudança ocorrida, em tempos recentes, que registram a libertação dos povos.
Em sua opinião, nunca se viu um império tão agressivo como agora, tão violento, racista, contra os imigrantes, destrutivo, ambicioso, militarista e que “perdeu o pudor”. Sua última preocupação é a democracia ou os direitos humanos, “seu maior interesse é o domínio geopolítico da América Latina e o Caribe”.
O presidente declarou que a Venezuela é uma ligação estratégica, porque tem as maiores reservas de petróleo do mundo, ao afirmar que o império pretende, ”primeiro derrubar, em seguida dominar e, por fim, apoderar-se do petróleo venezuelano.”
“É preciso que se construa uma identidade e unidade estratégicas de todos os exércitos da América Latina, para evitar que o complexo militar do império destrua os nossos povos. Devemos estar mais unidos do que nunca e impulsionar uma doutrina anti-imperialista”, afirmou.
Morales insistiu também na necessidade de estarmos mais unidos para trabalharmos em conjunto pela nacionalização e continuar com a industrialização.
Fonte: Granma, tradução de Maria Helena De Eugênio para o Resistência