Imperialismo
EUA: Ataque à Síria é um recado para a Coreia Popular e a outros países “considerados uma ameaça”
Neste domingo (9), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou que o bombardeio do país contra uma base aérea na Síria, ocorrido na semana passada, é um recado para a Coreia Popular e também a outros países que sejam considerados uma ameaça internacional.
No dia 06 de abril a China havia proposto que a Coreia Popular parasse os testes nucleares em troca da suspensão dos exercícios militares de EUA e Coreia do Sul, mas no final de semana o governo do presidente Donald Trump enviou cinco navios militares para as águas territoriais da Península Coreana, incluindo um porta-aviões nuclear. “Esse é um Estado delinquente que agora tem um regime com capacidade nuclear”, justificou o chefe do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, H.R. McMaster.
Em entrevista à rede de televisão ABC, Tillerson afirmou que o objetivo dos EUA não é derrubar Kim Jong-Un, e sim promover a desnuclearização da Península Coreana.
Tillerson, no entanto, não explica se a desnuclearização inclui a retirada dos artefatos nucleares que os EUA – maior detentor de armamento nuclear do mundo – têm instalados em bases da Coreia do Sul, apontados para Pyongyang. O governo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) respondeu que o ataque contra a Síria reafirma a necessidade de seu programa nuclear.
“Vamos reforçar de todas as maneiras nossa capacidade de autodefesa para enfrentar os movimentos cada vez mais irresponsáveis dos EUA na direção de uma guerra e nos defender com nossa própria força”, declarou Pyongyang. “Não estamos assustados”, afirmou uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a Agência EFE, nesta segunda (10) a China pediu moderação para os Estados Unidos e a Coreia do Norte, para evitar uma “escalada de tensões” após o envio do porta-aviões.
Com informações do jornal GGN