Solidariedade à Venezuela
Esquerda Unitária Europeia condena intentona de golpe na Venezuela
A bancada que representa no Parlamento Europeu diversos partidos da esquerda do continente aprovou resolução condenando a intentona golpista na Venezuela. Confira a íntegra
O Grupo da Esquerda Untária Europeia (GUE/NGL) condena veementemente a tentativa de golpe na Venezuela com a auto-proclamação de Juan Guaidó como “presidente interino” do país – uma posição que não existe na atual Constituição venezuelana – e a estratégia para legitimar uma intervenção estrangeira na Venezuela.
O GUE/NGL exige uma forte condenação da tentativa de golpe de Estado por parte da Vice-Presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, do Conselho e dos Estados-Membros, e o respeito ao direito internacional – nomeadamente os princípios da Carta das Nações Unidas – bem como o princípio de não intervenção expressa em sua recente comunicação sobre a situação na Venezuela.
O GUE/NGL condena o aumento da interferência política, o bloqueio econômico e financeiro, a desestabilização diplomática e as contínuas ameaças promovidas pelos EUA, o auto-proclamado Grupo de Lima e a União Europeia (UE) contra a Venezuela. Pedimos o levantamento das sanções econômicas e financeiras contra a Venezuela, que contribuíram fortemente para a deterioração da economia do país.
O GUE/NGL defende o respeito à vontade e aos direitos humanos do povo venezuelano. Apela à UE para que não siga a estratégia irresponsável adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e alguns países do chamado Grupo de Lima, que pretendem legitimar uma intervenção estrangeira na Venezuela, em vez de apoiar e promover soluções pacíficas e dialogadas para a situação.
Hoje, é mais necessário do que nunca que a UE se mantenha firme no apoio ao Estado de Direito na Venezuela e respalde o convite feito pelo presidente Nicolás Maduro para apelar à imediata convocação de amplos diálogos políticos nacionais, lembrando que qualquer solução para a atual situação política e econômica deve ser encontrada pelos seus cidadãos nacionais – em linha e respeitando o seu próprio quadro legal e Constituição.
Resistência, com GUE/NGL