Venezuela rechaça mentiras da direita; moção da Câmara dos Deputados do Brasil é inócua
O governo da Venezuela rechaçou nesta sexta-feira (19) a farsa midiática da direita em torno da viagem realizada por senadores brasileiros. A posição do governo venezuelano além de desmascarar os senadores direitistas liderados por Aécio Neves, faz cair por terra a moção aprovada pela Câmara dos Deputados, um documento que os partidos de esquerda nunca deveriam ter firmado e do qual deveriam retirar suas assinaturas, concedidas no meio de um ambiente de pressão da direita, confusão, circulação de informações falsas e posições equivocadas.
O grupo de senadores, dirigidos pelo candidato presidencial derrotado do PSDB, Aécio Neves, denunciou supostas faltas de liberdades na Venezuela e anunciou que deu início a ações para fazer com que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União das Nações Sul-americanas (Unasul) emitam declarações contra a República venezuelana.
«Chama a atenção que figuras da extrema direita, partícipes em golpes de Estado na Venezuela, participaram de toda a agenda desses setores da oposição internacional, sendo os autores e promotores desta patranha midiática que busca desprestigiar a reconhecida tradição democrática da República Bolivariana da Venezuela», assinala o comunicado publicado pela Chancelaria venezuelana.
Diante desse novo cenário perturbador da estabilidade e da paz no país, e que busca gerar conflito entre países irmãos, o governo venezuelano reitera seus laços de amizade e cooperação, baseados no respeito mútuo e na não ingerência em assuntos internos, com a República Federativa do Brasil.
A primeira grande mentira midiática foi assinalar falsamente que o governo venezuelano tinha negado permissão de voo à comitiva, quando nem sequer se fez nenhuma solicitação formal.
A segunda grande mentira foi responsabilizar o governo venezuelano por obstruir a via principal que liga o aeroporto com a capital do país, quando na realidade um lamentável acidente com uma carreta com substâncias inflamáveis impediu o livre trânsito por aquela estrada, que atrasou inclusive o traslado de um detento de alta segurança expulso pelo governo da Colômbia por sua responsabilidade no assassinato de uma jornalista durante os episódios de terrorismo no ano passado.
A terceira grande mentira foi afirmar que a segurança e a integridade física desses senadores da direita brasileira estiveram comprometidas. Existe material audiovisual e fotográfico que mostra a interação dos senadores com ativistas políticos que se encontravam realizando ações de campanha eleitoral. O governo venezuelano disponibilizou um dispositivo especial de segurança formado por mais de 30 efetivos motorizados, patrulhas e corpos de segurança que acompanharam durante todo o tempo esse grupo, tal como se combinou com a embaixada da República Federativa do Brasil.
Com informações da Agência Venezuelana de Notícias