Solidariedade plena ao povo e ao governo legítimo da Venezuela
A Venezuela está mais uma vez às voltas com uma ameaça de golpe de Estado, fruto da ação das oligarquias locais, representadas por forças que optaram pela violência e a ilegalidade, com o apoio aberto dos Estados Unidos, em mais uma tentativa de ingerência e desestabilização. A ação golpista se desenvolve em meio à guerra econômica e ao terrorismo midiático
Por José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho
A crise política no país vizinho, alvo do intervencionismo estadunidense, faz soar o sinal de alerta para uma tomada de consciência e a mobilização solidária ao povo e governo bolivarianos por parte de todos os que na vastidão da América Latina e no mundo se alinham com os valores e políticas da revolução democrático-popular e anti-imperialista do governo venezuelano.
É um momento em que ninguém deve silenciar. As forças anti-imperialistas, os partidos de esquerda, os movimentos sociais, os povos que se beneficiam com o avanço dos governos progressistas da região, devem, em face da gravidade das ações golpistas, levantar a sua voz, denunciar a conspiração golpista, mobilizar-se em ações solidárias, em apoio a uma revolução que tem como uma de suas expressões mais avançadas o internacionalismo e o respaldo às lutas pela emancipação nacional e social de todos os povos do mundo.
Hugo Chávez
Igualmente importante será o posicionamento dos governos da região, através dos organismos multilaterais – Unasul, Celac, Alba – em defesa da democracia e da paz na nação coirmã, uma das condições indispensáveis para que prossiga com êxito o processo de integração regional, fator de progresso político, econômico e social.
Como sempre, em casos como este, os meios de comunicação, em mãos de grupos empresariais monopolistas, apoiam os golpistas e atacam o governo legítimo do país. Fazem pressão – que tende a cair no vazio – para que o governo brasileiro se afaste da justa orientação de sua política externa independente e adote a posição que convém aos inimigos da soberania latino-americana.
O presidente venezuelano tem-se dirigido à comunidade internacional reiterando que há contundentes provas da participação de membros da embaixada dos Estados Unidos nas conspirações contra seu país. “Queriam pressionar oficiais das Forças Armadas a aceitar uma proposta de traição à Pátria», disse. O mandatário também desvelou os vínculos do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma com os intentos golpistas.
O alcaide, em cuja folha corrida há notórias ações antidemocráticas e antinacionais, assinou, ao lado de Maria Corina Machado (paparicada pela mídia brasileira e os partidos neoliberais e conservadores PSDB, DEM e PPS) e demais conspiradores, o chamado Acordo Nacional para a Transição, documento que, segundo as autoridades venezuelanas, é o ponto de partida para iniciar um golpe de Estado, que contemplava ataques a ministérios, à sede da televisão Telesur e o Palácio de Miraflores, sede do governo nacional.
Tramitam no Judiciário venezuelano processos contra Ledezma por delitos de conspiração e organização de ações desestabilizadoras contra o governo constitucional de Nicolás Maduro.
Nicolás Maduro
No passado, o alcaide da capital participou no massacre que passou à história como o Caracazo, episódio em que no ano de 1989, o governo de Carlos Andrés Perez assassinou mais de 300 manifestantes contrários a um pacote de arrocho ditado pelo Fundo Monetário Internacional. Ledezma também esteve implicado com os golpistas de abril de 2002, que fracassaram em seu intento de derrubar do poder o então presidente Hugo Chávez.
Doze anos depois, o prefeito voltou a optar pelo caminho da violência insuflando as manifestações do início de 2014, cujo saldo foram 43 mortos e mais de 800 feridos.
O Portal Vermelho identifica-se com as ideias libertadoras da Revolução Bolivariana Venezuelana e compreende o papel progressivo que o governo chavista de Nicolás Maduro desempenha na conjuntura latino-americana e internacional. Por isso, reitera sua plena solidariedade ao governo da República Bolivariana da Venezuela e a seu governo legítimo e constitucional.