América Latina
Intelectuais rechaçam ações de desestabilização contra governos progressistas na América Latina
Membros da Rede de Intelectuais pela Defesa da Humanidade subscreveram um documento intitulado «Enfrentemos a ofensiva neoliberal na Nossa América», no qual repudiam as tentativas de desestabilização que forças estrangeiras têm empreendido contra a Venezuela e a Argentina.
O documento foi firmado durante a realização do II Foro Internacional Martiano, na cidade de Havana, Cuba, de 25 a 28 de janeiro, e que contou com a presença de 600 intelectuais de 50 países, de acordo com um comunicado de imprensa do Ministério do Poder Popular para a Cultura.
O texto denuncia que os cenários de desestabilização enfrentados atualmente pela Venezuela — e que se traduzem em ações de guerra econômica e midiática — representam o desejo de forças imperialistas de «desmontar as conquistas obtidas após uma década de vitórias em termos de soberania, justiça social e integração regional».
Os intelectuais defendem também o fortalecimento da união latino-americana, e convocam o povo latino-americano a fazer frente à guerra midiática através do uso da comunicação e das redes sociais.
A seguir, o comunicado:
Enfrentemos a ofensiva neoliberal na Nossa América
No 163º aniversário de nascimento de José Martí e no contexto da II Conferência Internacional “Com todos e para o bem de todos”, após a avaliação dos cenários em que avançam as forças reacionárias na Nossa América, os integrantes da Rede de intelectuais, artistas e movimentos sociais em defesa da Humanidade presentes no evento, consideram imprescindível denunciar:
A pretensão de desmontar as conquistas obtidas após uma década de vitórias em termos de soberana, justiça social e integração regional, marcada pela derrota histórica da ALCA, graças à resistência popular e à concertação liderada por Chávez, Kirchner e Lula.
A utilização dos meios hegemônicos de difusão para prejudicar a imagem dos governos progressistas através de mentiras reiteradas e da circulação de acusações infundadas e calúnias.
A contínua ingerência do imperialismo e da reação internacional nos assuntos internos de nossos países.
A guerra econômica e financeira para provocar o descontentamento, o caos e a desmoralização.
A tentativa de fazer retroceder a história em nosso continente, desmobilizar-nos e deixar-nos apáticos diante da exaltação do consumismo, ludibriar-nos com falsas promessas de mudanças e impor definitivamente o neoliberalismo.
Em consequência, propomos:
Convocar a solidariedade ativa com as lutas de resistência dos povos da Argentina, do Brasil e dos países da ALBA perante à onda reacionária.
Respaldar o governo legítimo da Venezuela, liderado pelo presidente Nicolás Maduro e o povo bolivariano e chavista, contra os que desenvolvem planos desestabilizadores de toda índole.
Empregar os meios alternativos de comunicação e as redes sociais para desmentir as campanhas mediáticas da direita e difundir a verdade.
Rede de intelectuais, artistas e movimentos sociais em defesa da Humanidade.
Tradução de Maria Helena D´Eugênio para o Blog da Resistência