Agenda internacional progressista e anti-imperialista
Mais de uma centena de delegados de 35 partidos e movimentos de esquerda da América Latina e da Europa se reúnem em Quito, capital do Equador, nesta segunda-feira (29) para formular estratégias a fim de enfrentar os intentos de restauração conservadora e neoliberal impulsionados na região pelas classes dominantes retrógradas e as potências imperialistas.
José Reinaldo Carvalho Editor do Portal Vermelho*
O encontro das forças progressistas e de esquerda denominado “A revolução das esquerdas frente à restauração”, é auspiciado pela Aliança PAIS (AP), partido governante, e conta com a presença do presidente da República, Rafael Correa, o qual já alertou em pronunciamentos recentes que existe uma estratégia da direita local e internacional para recuperar o poder no Equador, Venezuela, Bolívia e outros países governados pela esquerda. A acirrada disputa eleitoral no Brasil é também uma demonstração disso.
É expressiva a participação e a diversidade da representação: o ex-presidente panamenho Martín Torrijos, do Partido Revolucionário Democrático do Panamá, a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba (Marcha Patriótica), o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, a colombiana Clara López, presidenta do Polo Democrático Alternativo, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, e delegados de partidos políticos de Cuba, Chile, México, Nicaragua, Guatemala, Honduras, Venezuela, Grécia e Espanha.
Ressalte-se que entre os objetivos do encontro está a formação de uma coalizão de organizações progressistas com atuação permanente.
Merece destaque a pauta de debates: as experiências dos partidos no governo, o capital financeiro, o papel dos monopólios dos meios de comunicação, os desafios a superar para consolidar a soberania nacional e a integração regional e a mobilização popular.
O encontro progressista de Quito ocorre um mês depois da realização com êxito do 20º encontro do Foro de São Paulo, em La Paz, capital boliviana, que aprovou a declaração conclamando a união da esquerda latino-americana e caribenha para derrotar a pobreza e a contraofensiva imperialista e dar passos adiante para conquistar o desenvolvimento e a integração de Nossa América.
Assim, multiplica-se e diversifica-se a agenda internacionalista das forças avançadas. Ainda este ano, realiza-se também no Equador, na cidade de Guaiaquil, entre os dias 13 e 15 de novembro, o 16º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, que discutirá sobre o papel dos comunistas na luta contra o imperialismo e a exploração capitalista. Uma ocasião propícia para coordenar mais um pronunciamento e ações das forças revolucionárias contra a ofensiva da direita, o fascismo, a política de guerra e impulsionar as lutas dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo por direitos políticos e sociais, uma nova ordem internacional e pela paz mundial.