Petróleo
Entrou em vigor acordo entre países petroleiros para estabilizar o mercado
O acordo alcançado pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e produtores externos de reduzir em 1.758.000 barris diários a produção, que entrou em vigor neste 1º de janeiro, será chave para dar estabilidade ao mercado e fomentar a recuperação dos preços durante 2017.
Este acordo de seis meses, prorrogável por mais 180 dias, foi alcançado em primeira instância pela Opep em uma reunião ministerial realizada em 30 de novembro em Viena, Áustria, onde se acordou reduzir a extração de 1,2 milhões de barris diários (MBD) para fixar um teto conjunto de produção de 32,5 milhões de barris.
Posterioremente, em 3 de dezembro, 11 países não membros da Opep ratificaram em Viena o acordo e se comprometeram a tirar do mercado 558.000 barris diários. Com esta contribuição, o corte petroleiro global será de 1.758.000 milhões de barris diários.
Para o ministro venezuelano do Petróleo, Eulogio Del Pino, se a cota estabelecida for cumprida e o acordo for respeitado, os preços do petróleo poderiam aumentar entre 10 e 15 dólares por barril.
Outros ministros do Petróleo, como os da Argélia, Noureddine Boutarfa, e do Irã, Bijan Zangeneh, também mostraram otimismo e preveem que com a entrada em vigor do acordo a cotação do óleo cru superará os 60 dólares, um preço que ajudaria a repor os investimentos e a garantir a sustentabilidade da indústria energética.
Para cuidar do fiel cumprimento do acordo, foi criado um comitê ministerial de monitoramento integrado pelos ministros de Venezuela, Kuwait, Argélia, Omã e Rússia, que terão a tarefa de fazer reuniões mensais nas quais serão analisados os avanços nos cortes.
Com Agência Venezuelana de Notícias